Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Por que 'Bala Loka'? Conheça brasileiro finalista do BMX que pode trazer medalha na Olimpíada

Ele conseguiu vaga na final, que será disputada nesta quarta-feira (31)

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 31 de julho de 2024 às 06:18

Crédito: Gáspar Nóbrega/COB

Gustavo Batista de Oliveira estava estatelado no chão, depois de exagerar na velocidade e perder o controle ao saltar de uma rampa, quando ouviu alguém dizer: "Parecia uma bala". Outro dizia que o garoto era maluco. Ali nascia o apelido "Bala Loka", enquanto o ciclista de BMX freestyle recebia doses de água na cara para acordar do breve desmaio. Na terça-feira, o atleta, hoje com 21 anos, não caiu ao participar da fase qualificatória da Olimpíada de Paris-2024. Mais do que isso, conseguiu vaga na final, que será disputada nesta quarta-feira (31).

Bala Loka desenvolveu suas técnicas na pista de terra de BMX Dirt Jump de Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. Morador de um apartamento no Cohab II, muito próximo da pista, ele praticamente cresceu no local. "Tive uma grande sorte disso, quando ingressei no BMX já tinha pista lá. Meus pais tinham recém-comprado um apê no Cohab, e eram as melhores pistas de dirt, do lado de casa", comentou Gustavo em entrevista ao podcast oficial da Olimpíada.

Ter um bicicleta boa e adequada para a prática não estava dentro das condições financeiras da família, mas esforços foram feitos para o garoto dar sequência ao sonho. O pai dele montou uma bicicleta juntando peças encontradas em ferros-velhos e viu o talento do garoto se desenvolver rapidamente.

"Não teve infância. A minha infância foi andar de bicicleta. Essa conexão que eu tenho com minha bike é um amor muito grande. Quando subo e ando, sou eu, eu me expressando e me divertindo", contou Bala Loka.

A coisa começou a ficar séria e o ciclista venceu uma etapa da Copa do Mundo de BMX Freestyle, na China, aos 15 anos, em 2017. Continuou se destacando e se consolidou com um dos melhores do continente. Além de ter dois bronzes em Pan-Americanos de BMX Park Freestyle, foi bronze também no BMX livre dos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago, no Chile.

Nas duas últimas séries de classificação olímpica, Bala Loka ficou em oitavo lugar na etapa de Xangai, na China, e em quarto na etapa de Budapeste, na Hungria. Depois de se classificar à final da Olimpíada de Paris, nesta terça, com nota 85,79, briga por medalha nesta quarta-feira, a partidas das 9h40 (horário de Brasília).