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Brasil vai bater recorde de medalhas na Olimpíada? Veja projeção e compare com outros anos

A meta a ser superada é de 21, alcançado em Tóquio, em 2021

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 5 de agosto de 2024 às 09:12

Recebendo a medalha no pódio, a brasileira Beatriz Souza
Recebendo a medalha no pódio, a brasileira Beatriz Souza Crédito: Alexandre Loureiro/COB

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegou à Olimpíada de Paris-2024 com uma possibilidade: quebrar o recorde de medalhas da delegação brasileira nos Jogos. Desde Londres-2012, o país melhora seu desempenho geral a cada nova edição. Em Paris, são dez pódios nos primeiros nove dias e a meta a ser superada é de 21, alcançado em Tóquio, em 2021.

Em comparação com as outras Olimpíadas, a delegação brasileira chega à segunda e última semana em Paris com o mesmo número que obteve em Tóquio. Importante ressaltar que cada edição tem seu próprio calendário e alterações de datas podem provocar um aumento ou queda no número de medalhas, mas o início em 2024 possibilitou que o Time Brasil continuasse almejando o recorde.

Das dez medalhas, o Brasil conquistou uma de ouro, quatro de prata e cinco de bronze. Em Londres e Rio, a delegação brasileira chegou a esta fase da competição com sete e seis pódios, respectivamente. "O COB está se preparando para buscar grandes resultados nos Jogos Olímpicos de Paris. Sonhamos em ter uma participação histórica em Paris e o esforço é diário", comentou Rogério Sampaio, diretor-geral do COB, em 2023, projetando o desempenho do Time Brasil.

O judô brasileiro foi que mais rendeu vitórias até aqui: quatro medalhas (uma de ouro, uma de prata e duas bronze) e a melhor campanha da modalidade em uma edição de Jogos Olímpicos - responsável por 40% dos pódios do País em Paris.

O mesmo vale para outros casos. Hugo Calderano perdeu a disputa pela medalha de bronze, Marcus D'Almeida, número 1 do ranking no tiro com arco, foi eliminado nas oitavas de final, e Martine Grael e Kahena Kunze, da vela, terminaram em oitavo lugar em Paris, depois do bicampeonato olímpico no Rio-2016 e em Tóquio, em 2021.

O mesmo vale para o boxe, que deixa Paris com apenas uma medalha conquistada - Bia Ferreira, com o bronze. Jucielen Romeu e Keno Marley, que chegaram a Paris com chances de pódio, não corresponderam às expectativas. Valdileia Martins, que igualou o recorde brasileiro no salto em altura, desistiu da decisão após sentir lesão na classificatória.

Faltam 11 medalhas para igualar o recorde e 12 para superar. Com chances reais, há Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb no surfe. A dupla brasileira disputa as semifinais nesta segunda-feira, depois de adiamentos das provas pelas condições do mar no Taiti

Quem também pode ganhar?

Destaque também para os esportes coletivos. No futebol feminino, a seleção brasileira se classificou para as semifinais - encara a Espanha - e disputará, ao menos o bronze. Vôlei, masculino e feminino, estão nas quartas de final, a uma vitória de disputarem medalha em Paris. No handebol feminino, menos chances, mas o Brasil encara a Noruega e também está a uma vitória de disputar pelo menos o bronze.

Alison dos Santos (400m com barreiras), Ana Marcela Cunha (10km em água abertas) e Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) também chegam com grandes chances de medalha em Paris - o que colocaria o Brasil em um bom cenário para superar o recorde.

Correndo por fora, e que podem surpreender, chegam Bruno Lobo, na vela na Fórmula Kite, e o skate park brasileiro. Pedro Barros, medalhista de prata em Tóquio, compete ao lado de Dora Varella, Isadora Pacheco, Raicca, Augusto Akio e Luigi Cini. O vôlei de praia, com Ana Patrícia/Duda e Evandro/Arthur, também pode auxiliar o Time Brasil na quebra do recorde de medalhas.

Ana Sátila, que ficou próximo do pódio já em Paris, continua viva na disputa do caiaque cross - disputa as quartas de final nesta segunda-feira - e pode trazer uma medalha para o País, mesmo sem estar entre as favoritas.

Quais esportes o Brasil deve disputar por medalha?

Ginástica artística: Rebeca Andrade

Vôlei: feminino e masculino

Futebol feminino

Skate park

Vôlei de praia: Ana Patrícia/Duda e Evandro/Arthur

Atletismo: Alison dos Santos

Surfe: Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb

Maratona aquática: Ana Marcela Cunha

Canoagem: Isaquias Queiroz