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Vitor Villar
Publicado em 12 de dezembro de 2019 às 19:19
- Atualizado há 2 anos
A parceria entre Vitória e Fonte Nova, anunciada em setembro, sequer terá início: ficou apenas nos testes. Em meio ao planejamento para a temporada 2020, o rubro-negro definiu que não exercerá o direito de iniciar um contrato definitivo com a arena a partir do ano que vem.>
Além disso, o Leão negocia uma rescisão amigável do primeiro contrato, que previa jogos pontuais na Fonte Nova ao longo de 2019, em caráter de testes antes da parceria definitiva. Deste contrato, o Vitória disputou apenas três partidas das sete que havia acertado com a arena.>
Segundo apurou o CORREIO, esse distrato deve acontecer sem problemas, apesar da não realização dos quatro jogos restantes. O único empecilho seria uma dívida do Vitória com o consórcio que administra a Fonte Nova por causa do prejuízo acumulado nos três confrontos realizados lá.>
O primeiro duelo do rubro-negro na arena foi em 14 de setembro, uma derrota por 1x0 para o Guarani pela 22ª rodada. Na sequência o Leão teve dois empates no estádio: 0x0 com o Atlético-GO e 2x2 com o Sport.>
Entenda o casoComo explicou o CORREIO em outubro, o contrato definitivo entre Vitória e Fonte Nova, que teria duração até dezembro de 2022, entraria em vigor somente em janeiro de 2020. As partes teriam a opção de ativar ou não o contrato e de adiar o seu início - para o começo da Série B, por exemplo.>
O acordo foi anunciado no dia 9 de setembro. Para dar conta das nove partidas que o Leão ainda teria como mandante na Série B até o final de 2019, foi acertado um contrato piloto, cujo resultado financeiro seria apurado jogo a jogo.>
Esse contrato, portanto, seria uma espécie de teste antes do vínculo em definitivo. Vitória e Fonte Nova negociaram um pacote de sete jogos porque a arena estaria ocupada em duas das nove partidas restantes - contra o Londrina, pela 30ª rodada, e contra o Coritiba, pela 38ª.>
Esses detalhes contratuais não foram divulgados por Vitória e Fonte Nova à época do anúncio do acordo, em 9 de setembro. As partes comunicaram somente que o vínculo seria de três anos e três meses, até dezembro de 2022.>
Apenas a estreia na arena, contra o Guarani, deu lucro. Foram 17.531 pagantes - maior público rubro-negro na temporada - e renda líquida de R$ 248 mil. Contra Atlético-GO e Sport, porém, prejuízos de R$ 81 mil e de R$ 76 mil, respectivamente.>
Sem o retorno de público esperado, o Vitória anunciou no dia 23 de outubro que não mandaria mais jogos na Fonte Nova até o final da Série B. O clube não se pronunciou na época se voltaria ao estádio em janeiro para ativação do contrato definitivo.>
Em entrevista ao CORREIO no final de novembro, Paulo Carneiro disse que trataria do assunto com a arena: "Vamos ter uma conversa com a Fonte Nova. Nós não podemos externar nada de importante, porque temos compromisso firmado com eles. Estou marcando uma reunião próxima para conversar. Inicialmente estamos trabalhando com o Barradão, nossa casa".>
A Fonte Nova jamais comentou oficialmente sobre o assunto desde o início das negociações com o Vitória. A arena resume-se a dizer que não comenta detalhes contratuais.>