Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2021 às 23:11
- Atualizado há 2 anos
Mais uma vítima da covid-19, o coreógrafo Ismael Ivo, que morreu nesta quinta-feira (9), tinha uma relação muito próxima com Salvador. A carreira internacional do artista está diretamente ligada à capital baiana. Foi em Salvador, em 1983, que o coreógrafo e diretor norte-americano Alvin Ailey (1931-1989) descobriu Ismael Ivo dançando o solo “O Rito do Corpo em Lua” em uma das históricas Oficinas Nacionais de Dança Contemporânea coordenadas pela professa Dulce Aquino, na Universidade Federal da Bahia.
Alvin Ailey estava de férias em Salvador. Em entrevista ao R7 em 2017, Ismael Ivo comentou o encontro. "Quem imaginaria que um coreógrafo americano viria ao Brasil, passaria férias em Salvador, assistiria uma apresentação sua e depois te convidaria para a companhia? Isso é mágico! Como diretor do Balé da Cidade estou aberto às surpresas. Tem sempre um porvir", disse.
Depois disso, a convite de Ailey, Ismael Ivo foi para Nova York estudar na escola do americano. Logo depois, ele apresentou o solo no Teatro La Mamma.
Nos anos 90, Ismael Ivo morou na Alemanha e ficou quatro anos sem se apresentar no Brasil. Ele ficou quatro anos sem se apresentar no país. Na volta, em 1996, em um projeto com Gerald Thomas, o bailarino se apresentou em sete capitais a convite do Instituto Goethe. Entre elas, Salvador. A apresentação foi acompanhada de uma equipe da TV alemã que gravava um documentário sobre a vida do brasileiro.
Em 2003, Ismael Ivo foi tema de um documentario, desta vez do diretor brasileiro Ari Candido Fernandes. O curta se chama "O Rito de Ismael Ivo" e conta a vida do bailarino que surgiu de um bairro pobre e ganhou fama em todo mundo. Assista.