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Paula Theotonio
Publicado em 24 de outubro de 2019 às 10:07
- Atualizado há 2 anos
Vinum Sancti Benedictus (foto/José Figueiredo/divulgação) Para além das grandes empresas de vinhos finos e das gigantes produtoras de suco de uva, o Vale do São Francisco também produções pequenas e familiares. Vinícolas como Adega Bianchetti (PE) e Vinum Sancti Benedictus (BA) mostram um lado diferente da região - com vinhos orgânicos e artesanais. Quem deseja conhecer ambas sem sair de Salvador já pode anotar na agenda dois eventos imperdíveis.>
Nesta sexta-feira (25), o Sal & Brasa promove a Noite de Vinhos com a Adega Bianchetti, primeira e única vinícola a produzir vinhos e sucos de uva orgânicos em Pernambuco. Das 18h30 às 23h, os participantes poderão harmonizar as opções da casa com os rótulos da empresa pernambucana.>
“Na entrada, serviremos Sauvignon Blanc e nosso espumante brut. Para acompanhar o rodízio de carnes, serviremos nossos rótulos de Petite Syrah, Tempranillo, Barbera e Cabernet Sauvignon. Para os que não forem adeptos dos secos, teremos a opção do tinto suave Portal do Sol. E para finalizar com a sobremesa, espumante Moscatel”, conta a enóloga da propriedade, Izanete Tedesco.>
Situada numa área de 3 hectares do município de Lagoa Grande, no Sertão, a Vinícola Bianchetti iniciou sua produção sem defensivos agrícolas em 2004. “Nosso foco é sempre trabalhar a prevenção de pragas, e quando há necessidade, aplicamos produtos naturais. Não foi fácil no começo, mas hoje há uma ampla cadeia de insumos para produção orgânica”, adiciona Izanete.>
O Sal & Brasa fica à Av. Carimbamba, 917, Pituaçu. Os ingressos para o evento custam R$ 100 por pessoa e R$ 180 a casadinha; e as inscrições podem ser feitas pelo fone (71) 996129616.>
Artesanal>
A proposta da Vinum Sancti Benedictus (VSB) é diferente, mas tão especial quanto: produzir vinhos em escala humana, com videiras em baixo rendimento e técnicas de viticultura de alta precisão. A colheita é manual e noturna, o que garante maior frescor às bebidas. O desengace (separação das bagas) também é feito sem máquinas, o que impede a passagem de pequenos galhos para a vinificação. O processo segue artesanal: a maceração das uvas, o engarrafamento e o enrolhamento também são realizados manualmente.>
Segundo o produtor da VSB e sommelier José Figueiredo, a ideia é fazer vinhos que expressam o recém descoberto terroir curaçaense, que possui terra roxa e pedregosa, além de noites mais frias — diferenciando a cidade das demais sertanejas com produção enológica. “Com esses métodos, sem processos de filtragem ou sequer amadurecimento em barris de carvalho, consigo manter as propriedades naturais da uva”, conta>
Para conhecer um pouco mais dessa história e degustar dois rótulos, o VSB Malbec e o VSB 2019, basta comparecer ao evento Queijos Brasileiros & Vinhos Artesanais do Vale do São Francisco. A iniciativa, que terá harmonização com seis laticínios brasileiros, será na Cave Queijos (R. das Dálias, 37, Pituba) em 31/10, a partir das 19h. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (71) 9 82435411 e custam R$ 100 por pessoa.>