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Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2021 às 15:39
- Atualizado há 2 anos
Um vídeo feito por policiais militares mostra os momentos iniciais do resgate que aconteceu depois da queda do avião em que estavam a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas, na sexta-feira (5), no interior de Minas Gerais. Todos os ocupantes morreram.
As imagens mostram como os policiais usaram cordas para tentar dar estabilidade e ajudar a abrir a porta do avião, assim como outras ferramentas. A porta estava emperrada. O local, do lado de uma cachoeira, com muitas pedras, era escorregadio e de acesso complicado.
Um dos policiais chega a relatar que consegue ver um antebraço de alguém que estava mexendo. "Tremendo, tremendo muito", responde um policial ao ser questionado sobre se havia movimento.
Quando as equipes finalmente conseguiram entrar, já encontraram os cinco mortos. Além de Marília, morreram o produtor dela, Henrique Ribeiro, o Bahia, o tio e assessor dela, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Medeiros Júnior, e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
"Infelizmente, em que pesem todos os esforços no local, de difícil acesso, a informação que se tem, repassada pelo médico, é que as cinco pessoas que estavam na aeronave vieram a óbito", disse um representante da PM no dia.
O soldado Rafael Libardi, do Corpo de Bombeiros, explicou domingo em entrevista ao Fantástico que o primeiro procedimento foi evitar que o avião se mexesse, colocando os socorristas também em risco.
"O primeiro trabalho nosso é garantir a segurança. Garantimos a segurança ancorando a aeronave em árvores do local", disse. "Me aproximei do avião, a porta do avião já estava aberta. Eu chamava, tentava verbalizar, tentava buscar uma resposta de alguém. Aí que eu fui me dar conta que realmente era Marília Mendonça", acrescentou.
Investigação A aeronave era um bimotor da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, com capacidade para seis passageiros, e estava em situação regular. O avião saiu de Goiânia para Caratinga, onde Marília faria show na noite de sexta.
O avião atingiu um cabo de uma torre de distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A empresa diz que a torre está fora da zona de proteção do aeroporto. O acidente aconteceu próximo do aeródromo onde o avião devia posar.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga as causas do acidente, para entender porque o avião voava tão baixo a ponto de bater na linha. A Polícia Civil de Minas também abriu inquérito.
A fuselagem do bimotor foi recolhida e encaminhada para análise no Rio. Já os dois motores da aeronave, que se soltaram após o choque, serão analisados em Sorocaba.