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Naiana Ribeiro
Publicado em 2 de setembro de 2018 às 06:25
- Atualizado há 2 anos
Se o The Voice Brasil fosse uma família, certamente os cantores baianos Carlinhos Brown, 55 anos, e Ivete Sangalo, 46, seriam os pais. Carismáticos, expressivos e cheios de energia, os artistas vão além da função de técnicos do reality show musical da Globo/TV Bahia, que inicia uma nova fase terça-feira (4). Orientam e se envolvem não apenas com os candidatos dos seus times e têm uma relação fraternal com Lulu Santos e Michel Teló, artistas que completam a família de técnicos do programa. [[publicidade]] Sinal de que o dendê em dobro nas cadeiras vermelhas da competição tem dado certo, a atração registrou, desde sua estreia, uma média de 24 pontos de audiência em Salvador e 50% de share. Ou seja, metade dos aparelhos ligados às terças e quintas de noite na capital baiana estão assistindo ao The Voice. Família The Voice Mariana Rios, Lulu Santos, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Michel Teló e Tiago Leifert (Foto: Raquel Cunha/TV Globo/Divulgação) O programa promete ainda mais emoções nessa semana. Na nova fase, também ao vivo, a disputa deixa de ser entre candidatos do mesmo time e passa a ser entre cantores de times adversários. Um sorteio é feito para descobrir qual técnico começa escolhendo seu opositor. A partir daí, Ivete, Brown, Lulu e Teló escolhem quem de seu time irá duelar com o time adversário. A decisão ficará totalmente nas mãos do público. Carlinhos Brown é o único jurado que participou de todas edições da atração (Foto: Raquel Cunha/TV Globo) “O público é o quinto técnico e o mais importante. Está em vantagem porque tem a maior quantidade de ouvidos abertos, além do fato de que os artistas estão sendo trabalhados para ele”, pontua Brown. Para ele, o programa tem dois grandes sentidos: o de deixar os artistas o mais confortável possível, e de fortalecer o seu aprendizado. “O que mais queremos é mostrar um grande show e o melhor do nosso trabalho para o público”, completa. Único técnico em todas edições do The Voice (inclusive nas temporadas Kids), o que ele mais gosta do programa são dos desafios.“Gosto de dar oportunidade, de pegar aquela voz que não é a perfeita em tudo, mas tem uma emoção gigantesca e que, ao longo do programa, vai se aperfeiçoando, crescendo”, afirma. (Foto: Isabella Pinheiro/TV Globo/Divulgação) Independente do resultado da competição, o baiano diz estar muito confiante. “Ganhar significa a oportunidade de estar ali. Eu nunca fico na ideia do ‘já ganhou’, porque eu preciso de um artista que, mesmo que não leve o troféu, leve a confiança de que ele é vitorioso. Artistas que passam por meu time têm se revelado como grandes artistas da música popular brasileira. Não foi Rafa Gomes que ganhou o The Voice Kids, mas ela tem uma aparição importante e a continuidade do seu trabalho me traz o orgulho de saber que ela foi do meu time. Não foi Lucy Alves que ganhou, mas ela é atriz, musicista, ela está no mundo inteiro promovendo o seu trabalho. Ganhei o primeiro The Voice com Ellen Oléria e olha aí quem é Ellen Oléria”, exemplifica. Ellen Oléria, uma das mais belas vozes da nova geração da MPB, fez parte do time Brown, na primeira edição do reality (Foto: Helen Salomão/Divulgação) Assim como Brown, Ivete ‘apadrinha’ quem passa pelo reality. Alguns artistas mirins, por exemplo, participaram do último DVD dela, em Trancoso. Nessa temporada, ela já falou algumas vezes que quer fazer parcerias com os candidatos. “A gente não ensina, a gente troca informação. Porque o que se aprende com eles é muito mais do que se ensina. Isso é o que eu mais gosto nessa função de técnica, além do imenso prazer que é estar naquela cadeira assistindo a grandes espetáculos. Tenho a sorte de poder compartilhar com eles esses momentos, sonhos e o aprendizado que é muito grande e mútuo”, diz a baiana, que entrou no The Voice ano passado. De janeiro a abril, Ivete foi jurada da versão Kids; depois participou da sexta temporada do adulto de setembro a dezembro. Mãe das gêmeas Helena e Marina, de sete meses, e Marcelo, 8, Ivete é marca forte do The Voice Brasil (Foto: Isabella Pinheiro/TV Globo/Divulgação) Ivete, inclusive, é uma das técnicas que mais demonstra suas emoções no palco do programa – puxa coro, faz caras e bocas e é dona da maior parte dos memes nas redes sociais. “A coisa mais difícil pra gente é tentar separar um pouco a condição da emoção. A gente se envolve com os candidatos, com a história de cada um e precisa ter o discernimento técnico sobre a apresentação”, explica. Ao mesmo tempo, é a mesma emoção que a guia enquanto técnica: “A emoção que nos faz manter aquele candidato no time. A gente vai muito por eliminação do que qualquer outra coisa, então é a maneira como o artista canta, é a desenvoltura dele diante daquela música, a interpretação e como o artista nos toca através de todo esse funcionamento da apresentação”. (Foto: Raquel Cunha/TV Globo) Diferencial A sétima temporada ainda não acabou, mas já tem como diferencial o nível alto dos candidatos, como ressalta o diretor artístico e geral Creso Eduardo Macedo. “É uma percepção de todos os envolvidos no programa. Já durante o processo de seleção, sentíamos que seria uma temporada especial. E isso vem se confirmando. Tivemos um número maior de candidatos e estamos no ar duas vezes por semana. A resposta do público em relação a essas mudanças foi linda”, afirma.
O volume de vozes qualificadas também impressionou Ivete. “Eu me lembro que tive muita dificuldade na hora de separar meu time nas audições às cegas, pois ficava na expectativa e pensava: ‘Meu Deus, eu espero?", para fechar as 18 cadeiras”, conta Ivete.
Segundo Brown, alguns cantores e cantoras têm características diferentes e são extremamente populares. “É o caso de Edson Carlos (Ivete), Priscila Tossan (Lulu), Érica Natuza (Brown), Kevin Ndjana (Ivete), entre outros. Não estamos falando de preferências, mas de estar ligados a tudo que chama atenção. Se eles irão chegar ao fim, não sabemos”, pontua. Com timbre único, a carioca Priscila Tossan brilhou no tira-teima com a música Negro Gato (Foto: Isabella Pinheiro/TV Globo/Divulgação) Tricampeão do reality, Teló percebeu os candidatos mais originais estão se destacando. “O público está se identificando com a figura que canta diferente, que tenha uma identidade diferente. Quando o público compra isso, acho muito interessante”, diz. Michel Teló é tricampeão da atração - todas que ele participou, venceu (Foto: Raquel Cunha/TV Globo) Os técnicos, então, têm o papel de ‘polir’ os artistas e de ajuda-los a destacar seus diferenciais. “Temos que ajudar com a escolha de repertório, achar o tom certo, chamar atenção para o posicionamento de palco. Muitos deles nem precisa, mas a gente está atento para ajudar com o nosso know how, independente do estilo. A ajuda também é para quando eles saírem do programa, para terem uma noção de como é o mercado, de como é a vida no showbusiness”, completa. "É um sonho. Mais que confiante, estou muito grata! A Ivete Sangalo sempre foi uma referência pra mim. Também amo Caetano e adoro a Pitty", diz a cantora Dri Santana, que é vocalista da banda MOVE OVER e foi salva pelo público na última fase da competição (Foto: Isabella Pinheiro/TV Globo/Divulgação) Técnico da carioca Priscila Tossan, uma das participantes que mais rendeu comentários nas redes nessa última fase, Lulu concorda que a originalidade é o maior diferencial dos artistas dessa edição. “Tenho um time valoroso que inclui alguns dos destaques. Priscila, por exemplo, é uma artista consumada, tem talentos, sabe o que quer e como obtê-lo. O que a diferencia é sua originalidade”, pontua. Para ele, o momento mais desafiador do The Voice provavelmente é o que está por vir: a Batalha dos Técnicos. Michel Teló, Ivete Sangalo, Lulu Santos e Carlinhos Brown: técnicos da sétima temporada do The Voice (Foto: Raquel Cunha/TV Globo) Entenda as próximas fases do The Voice BrasilBatalha dos Técnicos Após o término do Tira-Teima, nove candidatos de cada time seguem na disputa. A terça-feira (4) será marcada pelo início de uma nova fase: a batalha dos técnicos. Nessas batalhas especiais, os shows acontecem ao vivo e a disputa deixa de ser entre candidatos do mesmo time e passa a ser entre cantores de times adversários. Um sorteio é feito para descobrir qual técnico começa escolhendo seu opositor. A partir daí, Ivete, Brown, Lulu e Teló escolhem quem de seu time irá duelar com o time adversário. Nesta fase, a decisão fica totalmente nas mãos do público;Remix Nesta fase, os técnicos do reality têm uma nova chance de equilibrar seus times. Cada um escolhe uma voz para seguir direto para a próxima fase. Os demais candidatos se apresentam em números solos e Brown, Lulu, Ivete e Teló voltam a usar o famoso botão vermelho para escolher quem vai passar para a próxima fase. Os participantes que tiverem mais de um botão apertado podem decidir em que time desejam ficar. Os times encerram essa fase com 4 vozes cada um;Shows ao Vivo Esta fase acontece em 2 programas. No primeiro, as 4 vozes de cada time se apresentam em shows ao vivo e apenas 3 seguem na competição. No programa seguinte, eles voltam a se apresentar para definir os 2 talentos de cada time que seguem para a semifinal; Semifinal Nesta fase, dois candidatos de cada técnico se apresentam, mas apenas um de cada time segue para a grande final;Grande final Na final, caberá ao público decidir quem será o campeão da sétima edição do ‘The Voice Brasil’. O vencedor ganha um prêmio de R$ 500 mil e um contrato com a gravadora Universal Music.