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Gil Santos
Publicado em 17 de maio de 2021 às 11:25
- Atualizado há um ano
A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Salvador subiu quatro pontos percentuais e está preocupando as autoridades. Nesta segunda-feira (17), o número está em 79%, maior que os 75% da semana passada, e 31 pessoas aguardam por uma vaga na UTI ou em leito clínico, isso após outros 80 pacientes já terem sido transferidos. O aumento acendeu o alerta nos gestores e a prefeitura não descarta suspender novamente algumas atividades.
Seis dias após realizar uma entrevista coletiva para anunciar o início da fase Amarela de retomada das atividades econômicas, o prefeito Bruno Reis fez outro encontro virtual com a imprensa e, desta vez, as notícias não foram animadoras. Ele contou que o crescimento no número de casos de covid acendeu o alerta das equipes de saúde.
“Se a gente somar os 80 pacientes que foram transferidos nas últimas 24h com os 31 que aguardam pela transferência, teremos 111 pessoas. No auge da primeira onda esse número era de 69 pessoas. Na segunda onda, chegou a 240. Então, 111 é um sinal de alerta. Precisamos nos cuidar. Estamos analisando diariamente os números, e se houver crescimento de forma célere teremos que adotar novas medidas”, afirmou.
Questionado se tem algum percentual de referência para determinar o fechamento das atividades, Bruno Reis disse que não. “Estamos acompanhando o número de casos ativos, o fator RT, mas não estou preso a percentual A, B ou C. Nossa principal bússola é a ocupação dos leitos de UTI, mas existe um conjunto de critérios”, disse.
No início da semana passada, a taxa de ocupação dos leitos estava estável e a fila da regulação estava em baixa, com apenas um paciente aguardando por uma vaga na UTI. Mas no intervalo de uma semana essa realidade mudou. Nesta segunda (17), Salvador amanheceu com 12 adultos e uma criança esperando transferência para UTI, e com mais 16 adultos e duas crianças na fila dos leitos clínicos.
A fase Amarela, iniciada na quinta-feira (13), autorizou a reabertura de cinemas, clubes e centro de convenções e eventos, e estendeu o funcionamento das atividades que já estavam em operação, como shoppings centers, comércio de rua, bares e restaurantes de cinco para sete dias por semana.
Na ocasião, a prefeitura afirmou que a fase Amarela foi ativada porque a taxa de ocupação dos leitos estava se mantendo em 75% nos dias anteriores, e também porque houve queda por 15 dias consecutivos na média móvel de novos casos de covid-19, redução por seis dias seguidos na média móvel de casos ativos, e a quantidade de pessoas vacinadas na capital com a primeira dose superou os 600 mil, o que representa 30% do público alvo (pessoas acima de 18 anos), ou 20% da população.