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Taxa condominial pode sofrer reajuste médio de 7% em 2019

Especialistas dão dicas sobre como reduzir os gastos; veja como planejar as finanças condominiais

  • Foto do(a) author(a) Victor Lahiri
  • Victor Lahiri

Publicado em 6 de dezembro de 2018 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Almiro Lopes/CORREIO

Cid Santos diz que a planilha de gastos deve ser a maior aliada do síndico no final do ano. (Foto: Arquivo/CORREIO) Final de ano é tempo para planejar. E se no contexto geral as metas variam de pessoa para pessoa, na realidade condominial o principal desejo de todo síndico é a harmonia das contas. É por isso que nesse período a atenção com a previsão orçamentária deve ser redobrada para evitar sustos. E para 2019 quem mora em condomínio deve estar preparado, já que a soma de despesas fixas, melhorias, folha de pessoal e a inadimplência deste ano que vai acabar deve gerar um aumento médio de 7% na taxa mensal, segundo o Sindicato da Habitação da Bahia (Secovi-BA). O CORREIO coletou dicas para que os condomínios fujam dos altos reajustes, sem ao mesmo tempo comprometer o bem-estar dos condóminos.  Síndico por dois anos em um condomínio de casas, no bairro de Stella Maris, o economista Cid Santos ocupa agora uma das cadeiras do conselho fiscal (grupo responsável por aprovar ou não as contas do condomínio). Depois de fechar os dois anos da sua gestão sem surpresas no orçamento, ele explica que o segredo do sucesso na hora de planejar a previsão orçamentária está em um acompanhamento criterioso da rotina do condomínio. “O maior aliado do síndico é a planilha que deve concentrar todos os custos do condomínio. A  atualização da planilha deve ser semanal, para que o administrador tenha uma noção da variação de preços, controle de contratos e gastos com pessoal. Os números servem na projeção do ano seguinte”, diz.  A dica do presidente do Sindicato da Habitação da Bahia (Secovi-BA) e colunista do CORREIO, Kelsor Fernandes, é calcular os ajustes das despesas fixas, sempre acima da projeção de inflação, já que nos últimos dois anos as tarifas têm apresentado aumentos acima do esperado. “A previsão precisa ser realista. As tarifas de água e luz dos últimos anos têm sido bem acima da inflação. Não adianta apertar o orçamento para evitar conflito com os moradores e acabar tendo que aplicar taxa extra no ano seguinte”, explica. 

Transparência Para não ter briga no anúncio do reajuste, a estratégia é uma só: transparência. De acordo com Kelsor, o síndico deve se organizar bem, com relatórios de reajustes das tarifas dos últimos anos, e apresentar a proposta de aumento munido de documentos que justifiquem a média que está sendo adotada pela administração, assim os condôminos até podem reclamar, mas não será tão fácil contestar. 

Cid Santos diz que uma forma de evitar a inflação das despesas fixas é um bom treinamento da equipe de trabalho do condomínio. “Sempre treinei bem a minha equipe para identificar onde o consumo pode ser reduzido. Usar a iluminação e água de forma inteligente e fazer pesquisas de mercado detalhadas antes de renovar contratos com fornecedores, assim a administração pode até não diminuir a conta, mas também não precisará aumentar”.

Prevenção A necessidade de reparos e melhorias na estrutura do condomínio não é algo que surge da noite para o dia, é o que diz a síndica profissional, Ana Neiva, que administra um condomínio de 56 unidades, na Barra. Para ela, a “diligência” do síndico é um fator fundamental para evitar apertos no orçamento do ano que começa. “O síndico que circula e tem uma equipe atenta consegue identificar o que deve ser submetido às manutenções preventivas, evitando gastos maiores com obras emergenciais”, fala. 

No caso das necessidades especiais, é preciso também estar atento ao fundo de reserva. Caso o condomínio não possua o fundo, é recomendada que a questão seja votada em assembleia para que problemas emergenciais não sejam remediados por meio de aplicação de taxa extra. Geralmente as convenções determinam a cobrança.  Inadimplência

Outro fator não menos importante é a projeção de inadimplência. Kelsor Fernandes aponta que, atualmente, na maior parte dos condomínios de Salvador, a cota de moradores com atrasos nas taxas mensais gira em torno de 10%, e esse aspecto deve ser considerado por síndicos e administradores na hora de fechar a previsão orçamentária para que a maioria não seja prejudicada pela minoria.“Infelizmente, a inadimplência ainda é uma realidade nos condomínios, o ideal é que o administrador tenha em mente a média de moradores que podem vir a desfalcar o orçamento, para que essa cota já esteja contida no reajuste e o funcionamento do condomínio não pare por conta desse déficit”, diz. 

Em caso de grandes desgastes em relação à inadimplência, para Cid Santos, a melhor forma de tratar o problema é contratar uma empresa de cobranças, para minimizar os atritos, tratar a situação da forma profisisonal e evitar que os demais moradores tenham que pagar pelo inadimplente.

2019 sem surpresa

Tarifas Anualmente, despesas fixas como água, luz, gás, entre outras despesas são reajustadas. Com isso em mente, o síndico ou administrador deve aplicar ao reajuste da taxa condominial um valor que já preveja a estimativa  de aumento dessas tarifas. Presidente do Secovi-BA, Kelsor Fernandes aconselha comparar a média de aumento dos últimos três anos para ter  uma estimativa atual, lembrando que os reajustes têm superado a inflação. 

Estrutura Manter manutenções preventivas em dia é a melhor estratégia para evitar obras inesperadas, que podem ser custeadas por meio de taxas extras, na ausência de um fundo de reserva. Uma boa vistoria no condomínio, ajuda a administração a identificar interveções que poderão ser demandadas no ano seguinte. Um orçamento prévio é a resposta para o repasse embutido na taxa mensal, em vez de uma cobrança emergencial.

Consumo A adoção de tecnologias que reduzem o consumo de água e luz é  ótima alternativa. Uma equipe bem atenta também pode ajudar a reduzir as contas, identificando gastos excessivos que tornam os boletos ainda mais altos.

Inadimplência A previsão deve conter também uma antecipação da cobertura do déficit provocado pelos inadimplentes. Em casos extremos, o condomínio deve considerar a contratação de uma empresa de cobranças para tratar o assunto, de forma que a ausência de pagamento de uns, não seja repassada aos demais.