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Satélite: diagnósticos de casos de Zika na Bahia podem estar errados

  • Foto do(a) author(a) Jairo Costa Jr.
  • Jairo Costa Jr.

Publicado em 8 de maio de 2015 às 04:21

 - Atualizado há 2 anos

Zika sob suspeita

Estudos preliminares feitos por especialistas em vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) apontam para a probabilidade de erro nas análises que identificaram casos de Zika Vírus na Bahia, realizadas por pesquisadores da Ufba.

Durante as investigações, os técnicos da Sesab descobriram que o material biológico usado nos testes - conhecido no jargão como sonda, que funciona como um tipo de imã para determinar micro-organismos causadores de doenças infecciosas - foi importado dos Estados Unidos sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que contraria a lei.

De acordo com um infectologista do órgão ouvido pela Satélite, como o Zika faz parte da mesma família da dengue, febre amarela e chikungunya, há suspeitas de falhas na manipulação da sonda que podem levar a diagnósticos errados.

“Dependendo da parte extraída (da sonda), é possível que ela reaja na presença de um vírus ‘irmão’”, explicou. A Sesab recolheu as amostras analisadas pelos pesquisadores para reavaliação em laboratórios credenciados pelo Ministério da Saúde.

Zero no balanço

A hipótese de “falso-positivo” nos testes que identificaram  vírus Zika em oito dos 25 testes feitos pelos pesquisadores é reforçada, segundo os especialistas da Sesab, pela varredura realizada pela vigilância epidemiológica. Das 500 amostras de sangue colhidas de pacientes diagnosticados como prováveis portadores da “doença misteriosa”, mais da metade deu positiva para dengue. Até o momento, nenhuma delas reagiu para o Zika. 

Pente-fino

O restante das amostras investigadas a pedido da Sesab, cerca de 10% dos mais de 5 mil casos registrados como doença exantemática indeterminada, deu positivo para rubéola, sarampo e Parvovírus. O material está sob análise no Laboratório Central de Saúde Pública, em Salvador, Fiocruz, do Rio de Janeiro e no Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Os pesquisadores não foram encontrados pela coluna até o fechamento desta edição. 

Radiografia do ajuste

Apenas 11 dos 36 deputados baianos presentes à votação do ajuste fiscal foram contra as medidas que restringem benefícios trabalhistas: Antônio Imbassahy e João Gualberto (PSDB), Arthur Maia (SD), Bebeto Galvão (PSB), Benito Gama (PTB), Félix Jr. (PDT), Uldurico Jr. (PTC), Erivelton Santana e Irmão Lázaro (PSC), Tia Eron e Marcio Marinho (PRB). Jutahy Júnior (PSDB) e Fernando Torres (PSD) não estiveram na sessão. Antônio Brito (PTB) se absteve. O resto foi favorável, incluindo, para surpresa geral, os quatro do DEM: Claudio Cajado, Elmar Nascimento, José Carlos Aleluia e Paulo Azi.

Nome no páreo

Ex-secretário de Ciência e Tecnologia do segundo governo Paulo Souto (DEM), o economista Rafael Lucchesi surgiu na bolsa de apostas como cotado para a vaga de James Correia na Secretaria de Desenvolvimento Social do governo Rui Costa (PT). Atualmente, é diretor de educação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Baixa estação

Relatório sobre a média de ocupação dos 28 maiores hotéis de Salvador em abril mostra uma queda de 8,88 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2014. Com índice de 50,46%, foi o quarto pior mês desde 2001, quando o estudo começou a ser divulgado. É também o pior abril dos últimos 15 anos. Nunca escondi minha posição a favor do ajuste fiscal. Não faço coro ao quanto pior, melhorJosé Carlos Aleluia (DEM), deputado federal, ao justificar o voto favorável ao governo petistaPílula

*A julgar pelo súbito mau humor do presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), o relacionamento não anda lá muito bem com o Palácio de Ondina.