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Sara Winter, bolsonarista do movimento 300 do Brasil, é presa pela PF

Mandado de prisão foi autorizado pelo STF

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2020 às 08:32

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Foto: Reprodução Bolsonarista ferrenha e ativista do movimento 300 pelo Brasil, Sara Winter foi presa pela Polícia Federal nesta segunda-feira (15). Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o mandado de prisão foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão ocorre dentro do inquérito que investiga o financiamento de protestos antidemocráticos e não tem relação com a investigação sobre a produção fake news. O mandado atende a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

Ao todo, seis pessoas foram presas. As identidades dos outros cinco detidos ainda não foram reveladas.

Conheça Sara Winter, a ex-feminista radical que virou bolsonarista

Ministro responsável por autorizar a abertura do inquérito, em maio, Alexandre de Moraes disse que “é imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a Democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação que visam lesar ou expor a perigo de lesão os Direitos Fundamentais, a independência dos Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito, trazendo como consequência o nefasto manto do arbítrio e da ditadura”.

Recentemente, o movimento liderado pela ativista ganhou as manchetes após realizar um protesto com tochas em frente ao STF, numa ação que lembrou o modus operandi da Ku Klux Klan, organização de supremacistas brancos nos Estados Unidos.

Os 300 pelo Brasil, incluindo Sara Winter, estavam acampados em Brasília, onde constantemente realizavam protestos anti-democráticos e que infringiam a Lei de Segurança Nacional com pedidos como o fechamento do STF e uma intervenção militar.

Acampamento desmontado O grupo 300 do Brasil foi retirado neste fim de semana do acampamento como parte do programa DF Legal, do governo do Distrito Federal, que fiscaliza ocupações ilegais.

"Houve diversas tentativas de negociação para a desocupação da área, mas, infelizmente, não houve acordo. Os acampamentos foram desmontados sem confronto", informou ontem a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal, explicando que os manifestantes ocupavam área pública na Esplanada dos Ministérios, o que não é permitido, com um acampamento irregular.

Também foi citado decreto que proíbe aglomerações de mais de 100 pessoas sem autorização prévia do governo do DF.

Sara Winter acusou a PM de usar "gás de pimenta e agressões" para dispersar o acampamento. Pediu ainda uma "reação" do presidente Bolsonaro, afirmando que "a militância bolsonarista foi destruída hoje". 

O filho de Bolsonaro, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) questionou a ação da polícia. Ele postou um vídeo que PMs usam spray de pimenta. "O que essas pessoas estavam fazendo de errado ou ruim para que o governador Ibaneis determinasse sua remoção?", escreveu.

Após o desmonte do acampamento, o grupo soltou fogos de artifício em direção ao prédio do STF.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, um homem aparecendo falando insultos e citando por nome alguns dos ministros - Carmen Lúcia, Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandoski e Gilmar Mendes. "Se preparem, Supremo dos bandidos, aqui é o povo que manda", diz ele nas imagens.