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Jairo Costa Jr.
Publicado em 12 de abril de 2022 às 05:00
Diante da migração gradual de prefeitos que deixaram a base aliada ao PT e anunciaram apoio a ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo Palácio de Ondina, o governador Rui Costa passou a usar a máquina do Executivo para estancar a sangria no interior baiano. À Satélite, alvos da recente ofensiva lançada pelo núcleo-duro do governo Rui relataram forte pressão para permanecer no bloco petista ou abandonar a oposição, em um cerco que vale de tudo: promessas de aporte destinado a obras milionárias, ofertas de cargos para acomodar apadrinhados e, claro, ameaças, que incluem cortar verbas, reter recursos já previstos e travar projetos em andamento.Ou dá ou desce! Entre os instrumentos mais utilizados pela cúpula governista na tentativa de conter a debandada, destacam-se os cobiçados convênios bancados pelo estado nos municípios. A princípio, a tática é adiar o pagamento até amarrar o apoio de prefeitos na mira. Quem fechar acordo ainda no período pré-eleitoral, tem garantias de que receberá a bolada em junho ou julho.
Fios de esperança Líderes do governo e da oposição acham que a estratégia montada pelo PT para evitar mais perdas de prefeitos tem, na verdade, o objetivo de ganhar tempo. Em suma, afirmam, os caciques da base esperam que o candidato petista a governador, Jerônimo Rodrigues, cresça nas pesquisas em dois meses e, por efeito direto, reduza a expectativa de poder concentrada em ACM Neto, grande motor para atrair aliados no interior. Caso o quadro não mude até lá, nada conseguirá segurar a cancela.
Fora do bolo Membros da tropa do Planalto continuam gastando saliva para convencer o presidente Jair Bolsonaro (PL) a manter distância da sucessão estadual. Argumentam que a insistência em construir um palaque bolsonarista na corrida pelo governo baiano vai subtrair bem mais que somar.
Só sei que pouco sei Parlamentares da frente oposicionista apostam alto que o Republicanos ocupará a vice na chapa de ACM Neto. As únicas dúvidas são o nome que ocupará a vaga e quando ele será anunciado.
Sinal de paz Interlocutores do prefeito Bruno Reis (União Brasil) e do deputado federal Adolfo Viana, presidente estadual do PSDB, asseguram que o clima de guerra entre ambos está prestes a terminar. Conforme revelado na edição da última terça, eles entraram em colisão, com direito a duras trocas de farpas, por insatisfações do tucano durante a janela de trocas partidárias. Entretanto, a temperatura esfriou após a intervenção de dirigentes das duas legendas no conflito.
Queda-de-braço Lideranças do governo e da oposição na Assembleia Legislativa agendaram para amanhã um encontro voltado a discutir a redistribuição de forças nas comissões da Casa, com base no aumento da bancada da minoria. Resta saber se a conta será fechada no mesmo dia.Não adianta as forças ocultas tentarem dar um grande golpe na sociedade soteropolitana, pois não vão conseguir. Irão sucumbir na vaidade e na ganância pelo poder. O bem vencerá o mal Alan Sanches, deputado estadual da União Brasil, em fala cifrada e carregada de misticismo sobre supostos inimigos que agem nas sombras