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Jairo Costa Jr.
Publicado em 3 de abril de 2023 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
A ofensiva do ex-deputado federal Ronaldo Carletto para tentar assumir o comando do PP na Bahia levou líderes das correntes de maior força na cúpula estadual da sigla a deixarem divergências de lado e se unirem contra ele. Cardeais pepistas ouvidos pela Satélite apontam que o contra-ataque conjunto a Carletto tem origem na descoberta das digitais do PT nas recentes movimentações do ex-parlamentar para viabilizar uma eventual candidatura única à presidência do diretório estadual do PP. “Ficou claro para a maioria das lideranças da legenda que ele está movido por interesses pessoais e costura sigilosamente um acordo (com o Palácio de Ondina) que inclui também cargos no governo de Jerônimo Rodrigues”, confidencia uma fonte influente do partido.
Cessar-fogo Segundo a mesma fonte, a manobra de Carletto fez com que dois grupos adversários firmassem um pacto desidratá-lo no páreo. No caso, os Negromonte e os Leão, que dominam grande parte dos votos no PP baiano.
Vale o quanto pesa Reservadamente, lideranças pepistas calculam que Ronaldo Carletto teria o apoio fechado de no máximo oito dos cerca de 60 dirigentes com direito a voto na disputa pelo controle do partido, que estava prevista para este mês, mas foi adiada por prazo indeterminado diante dos conflitos internos. Já os deputados federais João Leão e Mário Negromonte Júnior agregam, juntos, maioria folgada para definir o jogo. “Carletto tem consciência de que não possui poder de fogo sozinho, mas deve forçar a disputa mesmo assim. Sem consenso, vai ter bate-chapa. Aí ele será atropelado por Leão e Mário Júnior”, garante outro cacique da sigla.
Vingadores em ação As articulações do ex-deputado para ganhar musculatura partidária esbarram ainda na revolta de líderes do PP com o que consideram “traição” de Carletto na sucessão estadual de 2022. Embora tivesse desistido de renovar o mandato na Câmara e entrado como primeiro suplente de senador na chapa encabeçada pelo ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), ele virou alvo de críticas entre parlamentares do partido por ter virado as costas para a oposição durante a campanha eleitoral, enquanto tabelava na surdina com o bloco adversário.
Dedo no gatilho O início da temporada em que o MST costuma realizar invasões em série a propriedades rurais, batizada pelo movimento de “Abril Vermelho”, intensificou a formação de grupos armados contratados por fazendeiros do Sul do estado. Em cidades como Ipiaú, Jequié, Ubatã, Itagibá, Ibirataia e Jitaúna, todas no Vale do Rio de Contas, produtores se associaram para montar equipes de segurança, cuja missão é impedir o acesso dos sem-terra a fazendas da região. Se necessário, à bala.
Das duas, uma Um dos principais representantes do agro no Vale do Rio de Contas confirmou à coluna a criação conjunta de tropas privadas para repelir o MST. “Já que não adianta apelar ao governo estadual e suas forças policiais, os fazendeiros não têm outra opção”, disse."E se os benefícios da cannabis para a saúde das pessoas e o tratamento de várias doenças graves fossem estudados e conhecidos há mais tempo pela ciência? Quantas pessoas teriam sido tratadas?" André Fraga, vereador da capital pelo PV e autor da lei que garante acesso gratuito à cannabis medicinal através do SUS em Salvador