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Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2020 às 08:17
- Atualizado há 2 anos
Um repórter negro da rede de televisão CNN foi preso em Minneapolis, nos Estados Unidos, enquanto cobria os protestos pela morte de GeorgeFloyd, um homem negro, durante uma abordagem policial. A prisão aconteceu nesta sexta-feira (29), enquanto o repórter fazia uma passagem ao vivo, relatando os protestos.
A cidade já teve diversas manifestações, que acabaram em ações mais agressivas, como o incêndio de uma delegacia. Floyd foi asfixiado até a morte enquanto estava em custódia da polícia de Minneapolis na última segunda-feira (25).
Veja o momento da prisão do repórter, que foi transmitida pela rede de televisão:
A polícia informou que a equipe estava sendo detida porque havia sido solicitada para sair do local e não o fez. O repórter se apresentou e mostrou sua identificação da CNN, mas ainda assim foi preso. Enquanto ele falava, um policial segurou o braço do repórter e começou a algemá-lo.
Segundo a CCN, mais de 100 policiais - com coletes à prova de balas e armados - estavam próximos ao local onde estava sendo realizada a reportagem. A equipe de jornalismo relatava que uma delegacia havia sido incendiada durante a madrugada e que os policiais não estavam naquele prédio. Um outro edifício também foi queimado pelos manifestantes.
Logo após a prisão do repórter, sua câmera foi colocada no chão e continuou a transmitir ao vivo os protestos no local.
Caso George Floyd Segundo informações da polícia, Floyd era suspeito de fazer compras com notas falsas. Durante a abordagem, um policial se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele se queixava por não conseguia respirar. A imagem com a asfixia rodou o mundo. Logo após a situação, Floyd morreu. (Foto: AFP/Facebook / Darnella Frazier) Uma onda de protestos tomou conta dos Estados Unidos durante a semana, mas as manifestções mais intensas se concentram em Minneapolis. No Twitter, o prefeito de St. Paul, Melvin Carter, pediu que as pessoas não participem da nova manifestação. "Por favor, fique em casa. Por favor, não venha aqui para protestar. Por favor, mantenha o foco em George Floyd, em avançar nosso movimento e em impedir que isso aconteça novamente. Todos nós podemos estar juntos nessa luta", escreveu.
O Ministério Público dos EUA e o FBI informaram que iniciaram uma investigação criminal robusta sobre a morte de Floyd.