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Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2020 às 14:52
- Atualizado há 2 anos
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) venceu uma importante batalha na luta para se livrar das acusações no caso das "rachadinhas", que é quando um parlamentar fica com parte dos salários dos funcionários de seu gabinete.>
A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio decidiu, por 2 votos a 1, acatar o pedido de habeas corpus da defesa do senador. Com a decisão, o processo sai da primeira instância e será avaliado pelo Órgão Especial, na 2ª instância. As informações são do G1.>
Na votação, a primeira a se posicionar foi a relatora Suimei Cavalieri, que votou contra o habeas corpus, ou seja, por manter em 1ª instância; em seguida votou a desembargadora Mônica Toledo, que foi a favor do requerimento; o desempate veio do desembargador Paulo Rangel, que também foi favorável.>
Os desembargadores da 3ª Câmara decidiram, também por 2 votos a 1, pela validade das decisões do juiz Flávio Itabaiana até agora no processo. As desembargadoras Suimei Cavalieri e Mônica Toledo concordaram em manter os atos, e Rangel foi contra.>
Isso significa a manutenção da prisão de Fabrício Queiroz, como também, o mandado de prisão contra a sua mulher, Márcia, que está foragida. Os dois são suspeitos de participação no esquema das "rachadinhas" no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.>
Os advogados do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro questionavam a competência de Itabaiana para conduzir o processo que envolve Flávio no esquema das chamadas "rachadinhas". O senador é apontado pelo Ministério Público estadual (MP-RJ) como chefe de uma organização criminosa.>
A defesa de Flávio Bolsonaro considera que o Órgão Especial do TJ, formado pelos desembargadores mais antigos do tribunal, é o competente para julgar o caso já que o senador era deputado estadual no período em que teriam ocorrido os fatos.>
Já os investigadores do caso se apoiavam em jurisprudência criada em tribunais superiores de que o foro encerra quando o mandato termina, assim o caso poderia permanecer com o juiz Itabaiana.>
O julgamento desta quinta é mais um capítulo deste processo que apura o escândalo das chamadas "rachadinhas". Desde o início das investigações, Flávio questiona a legitimidade do juiz Itabaiana de atuar no caso.>
Em março, a desembargadora Suimei Cavalieri chegou a conceder uma liminar suspendendo a ação até que a Câmara se reunisse. Dias depois, ela reviu a decisão e manteve o andamento das investigações na 27ª Vara Criminal.>
"A realidade é que inexiste lei em sentido formal ou material a conferir ao paciente (Flávio Bolsonaro) foro por prerrogativa de função perante o Judiciário Fluminense, subsumindo o caso aos critérios de definição de competência do Código de Processo Penal. Não há interpretação razoável que permita forcejar a aplicação da exceção em detrimento da regra, não há lacuna a ser colmatada nas normas legais e, portanto, qualquer ilegalidade a ser sanada", escreveu a desembargadora ao reconsiderar a decisão. As informações são do G1.>