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Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2020 às 23:09
- Atualizado há 2 anos
A Câmara dos Deputados analisa a proposta para prorrogar por dois anos a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia que mais empregam no país. >
De acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo, a prorrogação está sendo discutida dentro do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego, que entrou em vigor no dia 1º de abril e vai até o final de maio.>
Criado por medida provisória, o programa permite a patrões e empregados fechar acordo para reduzir o salário na mesma proporção das horas trabalhadas. Os patrões ficam proibidos de demitir durante o período do acordo.>
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator da medida provisória, incluiu no texto um dispositivo que permitirá ao governo estender o programa até que as atividades do país voltem à normalidade. >
O relator também propõe prorrogar por mais dois anos a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores. Juntos, eles respondem por cerca de seis milhões de postos de trabalho. >
No grupo, estão empresas de call center, tecnologia da informação, comunicação, transporte, têxteis, entre outras.>
Orlando Silva considera fundamental essa medida para evitar demissão em massa. "Setores que são centrais, fundamentais para a vida social, para eficiência da atividade da sociedade e que empregam intensivamente. O desafio será reduzir o impacto em 2020, por isso essas medidas emergenciais. Mas temos também que nos antecipar para reduzir o impacto que haverá em 2021 e em 2022 porque, infelizmente, o dano à economia vai se projetar muito além do sistema de saúde pública”, disse ao JN.>
Outro setor que depende da prorrogação da medida é o da construção civil, que emprega diretamente mais de dois milhões de pessoas. >
“Hoje, quando eu estou iniciando um empreendimento, eu entrego a mercadoria daqui a uns dois, três anos. Então, esse planejamento também é um fator muito importante para a manutenção dos empregos”, afirma José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira de Indústrias da Construção.>
O setor de máquinas calcula que a prorrogação vai salvar agora milhares de empregos diretos. “O nosso setor emprega 350 mil empregos diretos. Uma medida como essa poderia evitar um desemprego de mais 15 mil empregados até a metade desse ano”, comentou José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileiro de Indústrias de Máquinas.>