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Projeto flexibiliza permanência de candidatos em seus cargos públicos até as eleições

Proposta vale somente para quem exerce cargos na área da saúde durante combate à covid-19

  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2020 às 17:50

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Divulgação

O deputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Júnior, apresentou no início da semana (02), um projeto de lei complementar que autoriza, no período de enfrentamento à pandemia da Covid-19, que agentes políticos e servidores públicos da área da saúde permaneçam em atividade em seus cargos ou funções públicas até o dia das eleições, se desejarem concorrer a cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito.

O projeto está aguardando despacho do Presidente da Câmara dos Deputados. A proposta apresentada pelo pedetista flexibiliza excepcionalmente as exigências da Lei Complementar 64/1990, que estabelece os prazos para que candidatos deixem os cargos antes de disputarem as eleições. A flexibilização valeriam somente para as eleições municipais deste ano.

"A desincompatibilização afastaria os profissionais da saúde dos seus locais de trabalho, em plena pandemia, o que geraria indubitável potencial de agravar a saúde pública brasileira, atualmente marcada pela escassez de tais profissionais e pela pandemia, conforme amplamente divulgado pela imprensa", justificou Félix Jr. 

A flexibilização valeriam somente para as eleições municipais deste ano, como destaca ainda o deputado: "Devemos considerar a importância dos profissionais da saúde, servidores do Ministério e das Secretarias de Saúde, bem como dos agentes políticos que atuam diretamente no enfrentamento à pandemia. Há uma necessidade crescente de mais profissionais em decorrência dos altos índices de contaminação e afastamento destes, demandando do sistema de saúde pública brasileiro, em todas as esferas a suspensão de abonos, licenças e férias".

O deputado federal apontou como exemplo negativo as duas trocas de ministros da Saúde em menos de 40 dias realizados durante a pandemia.

"A troca de Henrique Mandetta por Nelson Teich e depois a saída deste e a colocação de um ministro interino prejudicaram muito a adoção das medidas de combate à pandemia. Não é razoável admitir que secretários também sejam afastados, bem como médicos e outros profissionais de saúde, quando necessitamos de uma atuação contínua desses profissionais e agentes políticos", ponderou.