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Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2020 às 08:34
- Atualizado há 2 anos
Foto: Reprodução A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descobriu o paradeiro do “Homem Pateta”, perfil das redes sociais acusado de induzir crianças e adolescentes ao suicídio. A pessoa por trás do personagem macabro se identifica como Jonatan Galindo nas redes sociais e usa fotos que remetem ao personagem Pateta, da Disney.
Segundo o portal Metrópoles, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) apurou, preliminarmente, com informação repassada pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), que o autor do perfil seria italiano e já teria sido preso naquele país.
As apurações ainda estão em fase inicial. As investigadores da DPCA deram os primeiros passos para confirmar a veracidade das notícias sobre a identidade e a prisão do suspeito de publicar nas redes sociais os primeiros textos sobre o Homem Pateta. Ainda não foram registrados casos envolvendo o personagem no Brasil.
Contudo, identificaram vários perfis com o Homem Pateta, que se aproximam de menores de idade no Facebook por meio de mensagens perturbadoras, podendo induzir ao suicídio. A polícia já apurou que o primeiro deles foi criado na Europa, em 2017, com posts em espanhol.
O personagem se espalhou e, em 2020, diveras contas vinculadas ao Homem Pateta já apresentam conteúdo em português. Foto: Reprodução Ameaças Essa não é a primeira vez que o uso das redes sociais se torna uma ameaça a meninos e meninas, preocupando pais e responsáveis. Em 2017, o desafio da baleia azul, surgido em uma rede social russa, viralizou entre jovens e foi associado a uma onda de suicídios entre crianças e adolescentes.
Além da Polícia Civil, o Ministério Público Federal também está atrás do Homem Pateta após pedido do vice-presidente da Câmara Legislativa do DF, Rodrigo Delmasso (Republicanos), que solicitou ainda a retirada do conteúdo da internet e multa de R$ 1 milhão ao responsável. O valor será revertido a instituições que cuidam de crianças e adolescentes abandonados. Foto: Reprodução Além disso, o Facebook Brasil está ciente do caso e tomando providências. “Páginas falsas ou com conteúdos que incentivem a automutilação estão sujeitas à remoção. A rede social também disponibiliza o seu Portal para Mães e Pais, com dicas para o uso e segurança na internet”, declarou a empresa ao Metrópoles, por meio de nota.
Além de cruel, esse tipo de conduta é considerada é crime no Brasil. De acordo com Lei nº 13.968, aprovada no ano passado, induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação pode gerar uma pena de 6 meses a 6 anos de prisão.