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Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2021 às 19:53
- Atualizado há 2 anos
Três policiais suspeitos de envolvidos nas mortes de Viviane Soares, 40 anos, e Maria Célia Santana, 73, baleadas no bairro do Curuzu, em Salvador, prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, responsável por investigaro caso. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o inquérito policial também tem relatos de outras três testemunhas. >
Segundo informações de moradores, a polícia perseguia bandidos em um carro roubado, quando uma troca de tiros foi iniciada.>
Moradores e amigosas das vítimas alegam que os tiros que atingiram Maria Célia e Viviane partiram da polícia. As duas eram vizinhas e conversavam na frente de casa - Viviane era manicure e fazia a unha da colega. Muito querida no bairro, Maria Célia de Santana era aposentada e trabalhou por anos na Empresa Gráfica da Bahia (Egba).>
As duas foram socorridas para o Hospital Ernesto Simões, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. O caso aconteceu no dia 4 de junho. >
A SSP afirmou que a versão apresentada pela guarnição foi de que a equipe foi acionada para checar uma denúncia de veículo com restrição de roubo, mas o suspeito, que estava dentro do veículo, tentou fugir e atirou. Segundo oos policiais, nesse momento houve o revide. O homem no carro não foi encontrado.>
Titular da Secretaria de Segurança Pública, Ricardo Mandarino garantiu que a situação será esclarecida e que não compactua com excessos, principalmente porque podem resultar na morte de inocentes.>
O delegado Marcelo Calmon, responsável pelas investigações, afirmou que uma perícia foi realizada no local e recolheu projéteis e estojos onde o crime aconteceu. Ainda de acordo com o delegado, a polícia aguarda o resultado de laudos periciais. Na última terça (8), parentes e amigos das duas vítimas fizeram uma homenagem às duas no Curuzu. As pessoas começaram a chegar por volta das 17h, horário em que iniciou a operação policial. Os manifestantes se uniram em círculo no meio da rua, pregaram cartezes com apelos por justiça e fizeram orações. >