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Da Redação
Publicado em 28 de março de 2021 às 19:05
- Atualizado há um ano
O policial militar que bloqueou a frente do Farol da Barra e efetuou disparos para a cima, na tarde deste domingo (28), foi baleado por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no início da noite.
Ele foi socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital Geral do Estado. O estado de saúde dele não foi divulgado. O PM, lotado na 72º Companhia Independente de Policia Militar de Itacaré, no sul da Bahia, invadiu o gramado em frente ao Farol da Barra, em Salvador, desceu do veículo e começou a dar tiros para cima, por volta das 14h20 deste domingo (28). Ele efetuou dezenas de disparos ao longo do dia.
IMAGENS FORTES
Por volta das 18h30, o policial atirou contra policiais do Bope que estavam atrás de uma viatura, que reagiram. Houve confronto e vários tiros foram disparados. Ferido, o policial caiu no chão.
Em seguida, seis policiais militares se aproximam do policial. A ambulância do Samu se aproxima e conduz o soldado baleado.
'Surto'
De acordo com a Polícia Militar (PM), o militar demonstrava "descontrole emocional". Um especialista em gerenciamento de crise do Bope também esteve no local, para tentar uma negociação.
Antes de invadir o gramado em frente ao Farol da Barra com uma Renault Duster marrom, o policial que deu tiros para o alto foi seguido por viaturas da Polícia Militar. A perseguição começou na Avenida Sete de Setembro e encerrou apenas no ponto turístico de Salvador.
Ao chegar ao Farol, ele pintou o rosto de verde, entoou palavras de ordem e disparou dezenas de vezes. No fim da tarde, ele chegou a empurrar viaturas da polícia para longe dele - uma delas quase bateu contra um muro.
O policial militar ainda jogou bicicletas e itens de vendedores ambulantes que trabalhavam no local no mar.
Diversas equipes foram mobilizadas para conter o suspeito e isolar as ruas que davam acesso ao Farol. Além do Batalhão de Operações Policiais Especiais, foram enviadas equipes do Batalhão de Choque, Esquadrão Águia, e da 11ª CIPM.
Lucidez e loucura O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), major Cledson Conceição, disse que as negociações foram o tempo todo tensas. Ele disse que a equipe reagiu após o PM atirar diversas vezes contra a equipe de negociação.
Por volta das 18h35, o PM atirou, dando início a um intenso confronto. Ele acabou baleado e foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE).
"A todo instante, nós, através da equipe de negociação, tentamos trazê-lo à realidade para ele se entregar. Mas essa negociação se alternava em picos de lucidez com loucura. Ele não falava coisas com sentido, estava bastante transtornado", disse o major.