Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Osmar Marrom Martins
Publicado em 18 de março de 2020 às 17:48
- Atualizado há 2 anos
No momento o mundo está em pânico com a pandemia do coronavírus, que surgiu na China e está devastando o mundo, principalmente a Europa, onde a Itália virou o novo epicentro dessa pandemia que já chegou, também, com força, ao Brasil. E, finalmente, nossos governantes cairam na real, incluindo aí o presidente Bolsonaro que chegou a fazer pouco caso até perceber que o coronavírus não é uma gripezinha qualquer. Muitas vidas já foram ceifadas, a economia está à beira de um colapso, os nossos idosos são os mais atingidos e os grandes países lutam desesperadamente para encontrar rapidamente uma vacina antes que o estrago seja pior do que já está.
Chega a ser comovente ver as pessoas serem obrigadas a ficar em casa, evitando o contato social. Ainda bem que tem a web com todas as suas ferramentas, o celular, o WhatsApp, as redes sociais que conectam as pessoas numa solidariedade nunca vista em todo o mundo. Apesar de muita gente ainda, por incrivel que pareça "ainda" achar que tudo não passa de uma histeria.
Falo tudo isso para fazer uma analogia com o que está acontecendo agora e aconteceu no século passado. Na Bíblia, Os Quatro Cavaleiros são personagens descritos na terceira visão profética do Apóstolo João no livro bíblico de Revelação ou Apocalipse. Portanto, os Quatro Cavaleiros do Apocalipse são a Peste, a Guerra, a Fome e a Morte. Desde que o mundo é mundo os povos passaram e alguns ainda passam, por todas essas provações das quais a morte é indefensavel - basta lembrar as primeiras Grandes Guerras. A Fome assola muitos países do continente africano e a Peste se traduz nas pandemias que devastaram milhões de seres humanos ao longo desses séculos.
Saindo das páginas da Biblia para o mundo real, quatro pandemias em épocas distintas dizimaram milhares de vidas em todos os continetes: A Peste Negra, a Gripe Espanhola, a Influenza e agora o coronavírus.
Peste negra (ou Morte Negra) resultou na morte de 75 a 200 milhões de pessoas na então Eurásia, formada pela Europa e pela Ásia). Os dois continentes são separados pela cordilheira chamada Montes Urais. Somente no continente europeu, estima-se que tenha vitimado pelo menos um-terço da população em geral, sendo o auge da peste acontecendo entre os anos de 1346 e 1353. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis,transmitida ao ser humano através das pulgas (Xenopsylla cheopis) dos ratos-pretos (Rattus rattus) ou outros roedores.
Influenza. Apesar de não ter surgido na Espanha (não se sabe ao certo sua origem) a Gripe de 1918 (frequentemente citada como Gripe Espanhola) foi uma pandemia do vírus influenza que se espalhou por quase toda parte do mundo. Foi causada, segundo os especialistas, "por uma virulência incomum e frequentemente mortal de uma estirpe do vírus Influenza A do subtipo H1N1. Contaminou mais de 500 milhões de pessoas (ou quase 27% da população mundial na época) e fazendo entre 17 e 50 milhões de vítimas pelo mundo. Comenta-se que o nome talvez se deva ao fato de a imprensa na Espanha, não participando na guerra, ter noticiado livremente que civis em muitos lugares estavam adoecendo e morrendo em números alarmantes.
Vírus influenza. O vírus influenza é um vírus RNA da família Orthomyxoviridae e possui três diferentes tipos: A, B e C. O vírus influenza A pode infectar seres humanos, cavalos, suínos, aves e mamíferos marinhos; possui alta morbidade e mortalidade e é o responsável pelas pandemias registradas na história da humanidade. O vírus B infecta exclusivamente seres humanos, causa um quadro clínico menos grave que o vírus A e pode causar epidemias localizadas. O vírus C infecta humanos e suínos, causa um quadro leve de infecção de vias aéreas superiores e não está relacionado com epidemias ou pandemias.
Coronavírus. O coronavirus é um grupo de vírus comum entre os animais. Em casos raros, ele é o que os cientistas chamam de zoonótico, o que significa que pode ser transmitido de animais para seres humanos, de acordo com os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças. Um novo coronavírus chinês, primo do vírus da SARS, infectou centenas de pessoas desde o início do surto em Wuhan , na China, em dezembro. O cientista Leo Poon, virologista da Escola de Saúde Pública da Universidade de Hong Kong, que primeiro decodificou o vírus, acredita que esse teve origem em um animal e se espalhou para os seres humanos.
Especificamente, no Brasil temos outros virus que causam como a dengue e chicungunha. A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Após picar uma pessoainfectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas.
A chicungunha é uma infeção causada pelo vírus chicungunha (CHIKV). Os sintomas mais comuns são febre e dor nas articulações. Os sintomas geralmente começam-se a manifestar de dois a doze dias após a exposição ao vírus.[3] Entre outros possíveis sintomas estão dores de cabeça, dores musculares, inflamação das articulações e erupções cutâneas. O vírus é transmitido entre pessoas pela picada de duas espécies de mosquito: Aedes albopictus e Aedes aegypti.
Texto publicado originalmente no Facebook e replicado com autorização do autor