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Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2019 às 18:57
- Atualizado há 2 anos
Uma mancha escura de aproximadamente 85 km foi identificada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) momentos antes da passagem do petroleiro grego Bouboulina, apontado pelo governo brasileiro como o responsável pelo derramamento de óleo que invade as praias nordestinas desde setembro.
De acordo com o jornal O Globo, o rastro escuro foi apontado pelo cientista Humberto Batista, no entanto, aparece antes de o navio grego passar pela rota, 40 km ao norte de São Miguel do Gostoso (RN). A descoberta levou o pesquisador a buscar um outro suspeito para o derramamento de óleo no Nordeste.
Desde setembro, quando as manchas começaram a aparecer mais ao norte, o grupo do Lapis está vasculhando bancos de dados de sensoriamento remoto atrás de sinais do derramamento.
Segundo Barbosa, a imagem já estava em suas mãos há duas semanas, mas o grupo não quis divulgá-la antes com receio de induzir a conclusões precipitadas.
Após a investigação da empresa HEX apontar o Bouboulina como principal suspeito, porém, o cientista decidiu verificar o registro de transponder do sinal do navio grego pela região, e notou que ele não se encaixava na imagem de satélite que havia garimpado.
A Delta Tankers afirma que o Brasil investiga outras quatro embarcações da empresa pelo vazamento. Na tarde desta quarta-feira (6), em nota divulgada pela TV Globo, a Marinha negou essa informação.
A imagem em questão foi feita por um sensor do satélite europeu Sentinel-1A. O dispositivo enxerga variações sutis de altitude, como as próprias ondas do mar, e propriedades elétricas dos líquidos, que distinguem, por exemplo, água salgada de óleo.
A mancha apareceu parcialmente numa imagem de 24 de julho, mas o Bouboulina só passou naquela área dois dias depois. As informações são do O Globo.