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Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2022 às 11:42
- Atualizado há 2 anos
Em meio à pandemia do novo coronavírus e a epidemia de gripe, uma nova preocupação tem nome: flurona. É assim que os médicos chamam os casos de dupla infecção, quando, ao mesmo tempo, o paciente é diagnosticado com covid-19 e com Influenza. Entenda a doença:>
Flurona O nome flurona é uma junção em inglês de "flu" (gripe) e "rona" de corona. De acordo com a Agência Brasil, os primeiros casos de flurona foram detectados nos Estados Unidos ainda durante o primeiro ano da pandemia de covid-19.>
Mas foi somente na semana passada que o mundo passou a ver a dupla infecção com mais cuidado após uma mulher grávida não vacinada em Israel ter sido diagnosticada com as duas doenças ao mesmo tempo.>
Aqui no Brasil, os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará já confirmaram casos de flurona. No Rio, como o paciente - um jovem de 16 anos - estava vacinado, os sintomas foram leves. Em Santa Catarina, o governo investiga 10 casos suspeitos.>
O que dizem os médicos sobre a flurona? De acordo com o médico geneticista e diretor do laboratório Genetika, de Curitiba, Salmo Raskin, em entrevista à revista Exame, os casos de dupla infecção são pouco notados, já que, normalmente, ao se receber confirmação para covid-19, não se investiga uma possível e simultânea contaminação por Influenza.>
Normalmente, esses casos de dupla infecção são encontrados em testes do tipo painel virado - que costumam ser analisados em laboratórios particulares.>
Por enquanto, ainda não se sabe se a dupla infecção pode causar agravamento nos pacientes. "Sabemos que os dois vírus podem infectar, inclusive, a mesma célula. Mas como ainda não temos estudos comparando coinfectados com aqueles que foram infectados com apenas um dos dois vírus, não podemos dizer se o prognóstico é melhor ou pior", disse Raskin.>
Perfil de pessoas infectadas No Brasil, os casos de flurona já foram identificados em pacientes com idades variadas. No Rio de Janeiro, por exemplo, o paciente é um jovem de 16 anos. No Ceará, por outro lado, a dupla infecção já foi localizada em crianças com 1 ano de idade e em um homem de 52 anos.>
Originalmente publicado no JC Online>