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Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2018 às 08:40
- Atualizado há 2 anos
Uma pessoa nascida na Bahia em 2017 tinha a expectativa de viver, em média, até os 73,7 anos (73 anos, 8 meses e 12 dias), 2 meses e 12 dias a mais que aquelas nascidas em 2016, cuja expectativa de vida era 73,5 anos (73 anos e 6 meses).
Para os homens baianos, a expectativa de vida ao nascer passou de 69,0 anos em 2016 para 69,3 (69 anos, 3 meses e 18 dias) em 2017, com um ganho de pouco mais de 3 meses (3 meses e 18 dias).
Já as mulheres baianas nascidas em 2017 tinham a expectativa de viver em média 78,4 anos (78 anos, 4 meses e 24 dias), cerca de 9 anos a mais que os homens e pouco mais de 2 meses a mais (2 meses e 12 dias) que aquelas nascidas em 2016 (78,2 anos ou 78 anos, 2 meses e 12 dias).
No país como um todo e em todos os estados, as mulheres têm uma esperança de vida ao nascer maior que a dos homens. Isso é reflexo, em grande parte, da maior mortalidade de homens jovens, principalmente por causas não naturais. E também há desigualdades regionais marcantes.
A Bahia se manteve, em 2017, como o segundo estado com a maior diferença na esperança de vida ao nascer entre homens e mulheres (9,2 anos), um pouco menor apenas que a verificada em Alagoas (9,6 anos) e significativamente maior que a média nacional (7,1 anos).
Todos os estados nordestinos têm diferenças entre as esperanças de vida ao nascer de mulheres e homens maiores que a do Brasil como um todo.
No outro extremo, Roraima (com uma vantagem de 5,1 anos a mais para as mulheres), Amapá (5,3 anos) e Minas Gerais (5,8 anos) tinham as menores diferenças por sexo na esperança de vida, em 2017.
A esperança de vida ao nascer na Bahia em 2017 (73,7 anos) era menor que a média nacional (76,0 anos) e por pouco não estava entre as dez mais baixas do país, mantendo-se em 11º lugar nesse ranking, muito pouco acima de Tocantins (que, no indicador arredondado, também tem esperança de vida de 73,7 anos).
Dentre os estados do Nordeste, a esperança de vida ao nascer na Bahia era menor que a do Ceará (74,1 anos), de Pernambuco (74,3 anos) e do Rio Grande do Norte (76,0 anos) - que tinha a maior esperança média de vida ao nascer da região, praticamente idêntica à média nacional (76,0 anos)
Em 2017, a maior esperança média de vida ao nascer do país continuava a ser a de Santa Catarina, tanto para ambos os sexos (79,4 anos) quanto para mulheres (82,7 anos) e homens (76,1 anos) separadamente. O Espírito Santo vinha em segundo lugar para ambos os sexos (78,5 anos) e para as mulheres (82,5 anos), enquanto São Paulo ficava com a segunda maior esperança média de vida ao nascer para os homens (75,3 anos)
Considerando-se apenas os homens (69,3 anos), a Bahia cai ainda mais no ranking, ficando com a 8ª esperança de vida mais baixa dentre os estados. Já levando em conta só as mulheres (78,4 anos), o estado sobe de posição, ficando bem mais próximo da média nacional (79,6 anos) e com 17ª expectativa de vida mais baixa (ou 11ª mais alta).
Uma pessoa idosa que tivesse 65 anos na Bahia em 2017 tinha esperança de viver, em média, mais 18,1 anos (18 anos, 1 mês e 6 dias), chegando aos 83,1 anos (83 anos, 1 mês e 6 dias). Esse indicador praticamente não variou em relação a 2016, quando era de mais 18 anos.
O ganho bem discreto de um ano para o outro é devido à estabilidade na sobrevida estimada para os homens, que se manteve em mais 16,1 anos (16 anos, 1 mês e 6 dias), mesma de 2016, chegando, portanto, aos 81,1 anos (81 anos, 1 mês e 6 dias).
Já para as mulheres baianas de 65 anos a sobrevida esperada, que já era mais elevada que a masculina em 2016, cresceu em quase 3 meses em 2017, passando de 19,7 anos (19 anos, 8 meses e 12 dias) para 19,9 anos (19 anos, 10 meses e 24 dias). Chegou, assim, a 84,9 anos (84 anos, 10 meses e 24 dias), quase 4 anos maior que a masculina.
Para os idosos com 65 anos de idade em 2017, a maior sobrevida esperada era encontrada no Espírito Santo: mais 20,3 anos no total, sendo mais 18,3 anos para os homens e mais 22,0 anos para as mulheres.
Entre 1980 e 2017, chance de uma pessoa de 60 anos chegar aos 80, na Bahia, cresceu quase 90% (+88,5%), e mais da metade dos idosos passaram a ter essa possibilidade de viver mais A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que a probabilidade de sobrevivência entre 60 e 80 anos de idade tivessem aumentos consideráveis entre 1980 e 2017, em todos os estados brasileiros.
Na Bahia a probabilidade de uma pessoa de 60 anos chegar aos 80 aumentou 88,5% nesse período. Em 1980, 304 idosos a cada mil viveriam até os 80 anos de idade. Em 2017, esse número chegou a 573 por mil, mais da metade, portanto, o que representou uma redução média de 209 mortes por mil idosos de 60 anos, em 27 anos.
Foi um aumento de sobrevida proporcionalmente maior que a média nacional. No Brasil como um todo, a probabilidade de um idoso de 60 anos chegar aos 80 passou de 344 por mil em 1980 para 594 por mil em 2017, crescendo 72,7%, o que representou menos 250 mortes por mil no período.
Em 2017, Espírito Santo (647 por mil), Santa Catarina (641 por mil) e Distrito Federal (641 por mil) tinham as maiores probabilidades de idosos viverem dos 60 aos 80 anos. No outro extremo, em Rondônia, nem metade dos idosos tinham essa sobrevida esperada (488 por mil). Em relação a 1980, Rondônia teve, porém, a maior evolução desse indicador de longevidade (+205,0%).
Em todos os estados, a longevidade entre os idosos era maior para as mulheres do que para os homens em 2017, e a Bahia tinha a maior diferença por sexo nesse indicador.
Enquanto 652 em cada mil idosas baianas tinham chance de chegar aos 80 anos (quase 7 em cada 10), menos da metade dos homens idosos tinham a mesma probabilidade: 486 em cada mil ou menos de 5 em cada 10. A diferença entre mulheres e homens, na Bahia, era de 166 mortes por mil a menos para elas, o que dava às baianas de 60 anos uma chance de sobrevida 34,2% maior que a dos baianos.
A menor diferença entre a probabilidade de mulheres e homens idosos chegarem aos 80 anos estava em Roraima, com 59 por mil sobreviventes a mais entre as mulheres do que os homens.
Em 2017, na Bahia a cada mil crianças nascidas, estima-se que 16,6 morreram antes de completar 1 ano de idade A taxa de mortalidade infantil na Bahia, em 2017, foi estimada em 16,6 por mil, ou seja, para cada mil crianças nascidas vivas, 16,6 morreriam antes de completar um ano de vida.
A probabilidade de um bebê morrer antes de fazer um ano no estado (16,6 por mil) manteve-se significativamente superior à do Brasil (12,8 por mil). O indicador mostra, entretanto, uma tendência progressiva de redução e deixou de ser o 7º mais elevado do país, caindo para 8º no ano passado, superado pela taxa de mortalidade infantil estimada para Roraima (17,0 por mil).
Em 2017, a menor taxa de mortalidade infantil continuou sendo a do Espírito Santo (8,4 óbitos para cada mil nascidos vivos), e a maior, do Amapá (23,0 por mil). Dos estados do Nordeste, apenas Pernambuco, com uma taxa de 12,1 mortes por mil nascidos vivos, ficou ligeiramente abaixo da média nacional, todos os demais apresentaram taxas maiores que a do Brasil.
A mortalidade das crianças menores de 1 ano é um importante indicador das condições socioeconômicas de uma região. Mesmo estados com taxas baixas para o padrão brasileiro, como Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo (todos com menos de 10 mortes por mil nascidos vivos) ainda estão muito longe das taxas encontradas nos países mais desenvolvidos do mundo.
Japão e Finlândia, por exemplo, em 2015, apresentavam taxas de aproximadamente 1,9 mortes por mil nascidos vivos. Entre os países que compõem os BRICS, em 2015, a China tinha uma mortalidade infantil de 10,9 por mil nascidos vivos; a Rússia, de 7,7 por mil; a Índia, de 38,1 por mil; e a África do Sul, de 33,5 por mil.