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Gabriel Amorim
Publicado em 17 de novembro de 2019 às 12:40
- Atualizado há 2 anos
Depois de dois casos confirmados de contaminação pelo petróleo cru que atingiu as praias do Nordeste, a pedagoga Ana Braz, 36 anos, relatou sintomas parecidos com os dos pacientes confirmados com a intoxicação. Ana fazia parte de um grupo de amigos que fez um passeio a praia na Ilha de Itaparica, no fim de semana de 19 e 20 de outubro. No mesmo grupo, uma criança ficou com bolhas nas mãos depois do contato com a água.
"Entrei na água só para chamar minha filha. Ela estava se afastando muito e as ondas estavam fortes. Naquele dia, não senti nada", explica ela. A filha de Ana, apesar de ter tomado banho de mar, não sofreu qualquer reação.
"Só comecei a sentir coçando no dia seguinte. Minha filha, meu irmão e outros amigos que estavam com a gente não tiveram nada. Aí ficamos com essa dúvida", conta ela que achou que a coceira era resultado do contato com algum inseto que não tinha sido percebido. (Foto: Acervo Pessoal) Com o passar dos dias, a coceira foi evoluindo para placas vermelhas e bolhas na perna da pedagoga. Ela, então, comentou com uma amiga do grupo, e ficou sabendo do diagnóstico feito a garota do mesmo grupo que também apresentava bolhas.
"Minha amiga me disse que a sobrinha dela tinha sido diagnosticada com intoxicação pelo óleo e que estava com bolhas. Aí fiquei me perguntando se teria acontecido o mesmo comigo", relata.
Ana, então, passou a usar a mesma pomada receitada para a criança e com 15 dias de uso os sintomas começaram a desaparecer e deixar de incomodar. "Não fui ao médico, então não posso confirmar o diagnóstico. Mas as manchas não coçam mais. Eu já não estou usando mais a pomada, inclusive", disse ela.
*com supervisão da repórter Amanda Palma