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MP pede nova reconstituição do caso de médica que caiu de prédio em Armação

Vítima diz ter sido empurrada pelo ex-companheiro, também médico

  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Bruno Wendel

Publicado em 16 de julho de 2021 às 21:26

 - Atualizado há 2 anos

(Foto: Reprodução/Google Maps e redes sociais) O Ministério Público da Bahia pediu uma nova reconstituição do caso da médica Sáttia Lorena Aleixo, de 27 anos, que caiu do quinto andar de um prédio no bairro de Armação, em Salvador. A Polícia Civil indiciou o ex-companheiro dela, Rodolfo Cordeiro Lucas, que também é médico, por tentativa de feminicídio.  De acordo com nota do MP divulgada na manhã dessa sexta-feira (16), o caso foi remetido para a delegacia para a conclusão do inquérito policial. “O MP pediu a realização de uma nova reconstituição, essa agora, inclusive, com a versão dos fatos dada pela vítima. A primeira que foi realizada foi questionada pela defesa do investigado”, diz a nota, que não informa quando o pedido foi realizado.  A primeira reconstituição foi feita sem a participação de Sáttia e Rodolfo, em outubro do ano passado. Em seguida, a médica, em novo depoimento, recordou de detalhes que foram adicionados ao inquérito e que, por sua vez, resultou no indiciamento do ex-companheiro dela. Então, a defesa pediu uma nova reprodução simulada dos fatos e que, até agora, não aconteceu.  A responsável pelo inquérito, a delegada Bianca Torres, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Brotas), disse que vem comunicando ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) sobre a determinação do MP.  “Já informei à polícia técnica mais de uma vez e até o presente momento não marcou a segunda reconstituição. O MP já está ciente disso. Ontem eu já falei com o promotor e agora estou aguardando novas diligências”, disse a delegada.  Procurado, o advogado da família de Sáttia, Maurício Vasconcelos, falou da necessidade de se cumprir a determinação do MP. “É preciso que essa reprodução simulada seja logo realizada para que o MP possa formar o seu juízo de valor”, declarou.  O advogado do acusado, Gamil Foppel, afirmou, em nota à imprensa, que o investigado sempre contribuiu com as investigações e nada tem a se opor à realização de outro ato de reprodução simulada, desde que em substituição ao primeiro realizado, haja vista que este contém nulidades flagrantes e insuperáveis. Ele ainda afirma que o primeiro ato de reprodução simulada é nulo e representa "um açoite às regras primárias de direito".

"Estranha, porém, que nenhum veículo de comunicação tenha noticiado: a existência de testemunhas presenciais que viram que a senhora Sáttia, voluntariamente, se arremessou; a existência de Laudo de Engenharia da Polícia Civil da Bahia que também comprova que a senhora Sáttia se arremessou; a existência de Laudo de Perito Médico da Polícia da Bahia que comprovava a situação de gravíssimo entorpecimento da senhora Sáttia", diz a nota.

Indiciamento Em novembro do ano passado, a Polícia Civil reencaminhou ao MP o inquérito que investiga o caso. O documento foi enviado ao órgão anexado o laudo da reconstituição simulada do dia da queda.

De acordo com a Deam, o laudo concluiu que houve ameaças e agressões físicas do ex-companheiro da médica, Rodolfo, contra ela, mas foi inconclusivo sobre como teria acontecido a queda. Apesar disso, o inquérito manteve o indiciamento do suspeito por tentativa de feminicídio com base em outras provas que compõem a investigação, como o próprio depoimento da vítima, que negou ter pulado e declarou que Rodolfo tinha intenção de "acabar com a vida dela". O Ministério Público da Bahia (MP-BA) confirmou que já recebeu a documentação, mas não informou qual o status da análise.  O inquérito policial já havia sido enviado ao MP-BA em setembro do ano passado, no entanto, o órgão solicitou novas diligências, como a reconstituição, escuta de mais testemunhas e novo depoimento da médica. Na época, o advogado de defesa do acusado, Gamil Föppel, criticou o primeiro relatório produzido pela Delegacia da Mulher de Brotas (Deam), responsável pela investigação. Segundo ele, estava com "erros de língua portuguesa", teria confusões sobre termos do direito penal, e deixava de mencionar que havia quatro substâncias de uso controlado na amostra de sangue de Sáttia Aleixo.