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Ministério da Educação bloqueia R$ 40 milhões de mais três universidades baianas

Cortes orçamentários atingem UFRB, Ufob e UFSB

  • Foto do(a) author(a) Luan Santos
  • Luan Santos

Publicado em 5 de maio de 2019 às 15:42

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Divulgação

Após cortar verbas destinadas à Universidade Federal da Bahia (Ufba), o Ministério da Educação (MEC) bloqueou cerca de R$ 40 milhões do orçamento de mais três instituições federais de ensino superior do estado. A Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) sofreu contingenciamento de 32% - equivalente a 16,3 milhões -, enquanto a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), de 33,2% - correspondente a R$ 11,8 milhões - e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), de 38% - em torno de R$ 12 milhões. 

Segundo o reitor da UFRB, Silvio Soglia, caso o bloqueio não seja revertido, serviços como água, luz e telefone ficarão inviabilizados. "O bloqueio destes valores, se não for revertidos, inviabilizam ate o final do ano, o funcionamento de vários serviços da universidade, além de impactar diretamente no pagamento das contas de água, luz, telefone, limpeza e vigilância, por exemplo", afirmou.

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Na Ufob, o bloqueio atingiu recursos orçamentários para custeio e investimento. As ações mais afetadas foram a capacitação de servidores; fomento às atividades de graduação, pós-graduação, ensino, pesquisa e extensão; e recursos de investimento utilizados para aquisição de livros, equipamentos e realização de obras.

Por meio de nota, a instituição informou que o bloqueio vai inviabilizar o funcionamento da universidade a partir da metade do segundo semestre deste ano. "Os recursos contingenciados são utilizados para pagamento de água, luz, contratos de empresas terceirizadas, responsáveis por limpeza, vigilância, manutenção, dentre outras despesas de serviços essenciais ao funcionamento do dia a dia da Instituição", diz  o texto.

Na UFSB, também foram cortados recursos de custeio e capital, utilizados para pagamentos de despesas básicas como água, energia elétrica, bolsas de iniciação científica e extensão, contratos de pessoal terceirizado, limpeza, vigilância, motoristas,  aquisição de equipamentos para equipar salas de aula e laboratórios. "São despesas sem as quais a universidade terá muita dificuldade em manter suas atividades", informou a instituitição.

A universidade informou que, por ter apenas cinco anos de funcionamento, faz com que haja necessidade de um aporte grande de investimentos em infraestrutura. No momento, há três obras em andamento nos três campi (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas).

"Em razão do corte, há o risco concreto de sermos obrigados a paralisar essas obras, o que implica em enorme prejuízo pois, ao interromper os contratos, além dos atrasos no planejamento institucional, a universidade será obrigada a arcar com pesadas multas para as empresas contratadas, além da deterioração das obras quando de sua futura retomada", complementou.