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Mancha aparece nas areias da praia da Barra e afasta banhistas

Consultada pela reportagem, a Embasa afirma que a origem dessas águas, que para muitos dos frequentadores tem origem duvidosa, é pluvial

  • D
  • Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 06:38

 - Atualizado há 2 anos

Ela é uma das praias mais frequentadas por turistas e abriga um dos principais cartões-postais da cidade, o Farol da Barra. Mas a praia da Barra, ou do Barravento, como muitos a conhecem, amanheceu estranha nesta quarta (20). Uma mancha azulada sobre a areia, próxima à rua em frente ao edifício Barra Flat, destoava do resto da areia.

Outra mancha, menor, se formou mais perto do restaurante Barravento, em frente a uma saída de água. Turistas e pessoas que passam por ali cotidianamente reclamaram do mau cheiro e do fato de a mancha – e a sujeira que estava junto dela – afastarem os banhistas.

Mancha azulada apareceu na praia da Barra, em frente ao edifício Barra Flat (Foto: Evandro Veiga)A causa da cor estranha ninguém soube dizer de onde vem, mas a sujeira, segundo as pessoas ouvidas pelo CORREIO, aparece sempre que chove. Dessa vez, dejetos do Carnaval foram apontados como motivo para a mancha de aparência grudenta. “Isso aí parece muito com dejeto de banheiros químicos, aquele líquido... E o cheiro está bem característico”, comenta um corredor da orla, que conta passar por ali diariamente e afirma ter visto um trio elétrico despejar os dejetos em um dos bueiros da avenida durante a folia.

“Eu vi, outras pessoas viram e ninguém fez nada”, relata. Além disso, ele diz que basta chover para que a sujeira tome conta do lugar, usado como local para banho por muita gente. “Essa água você pode ter certeza que não está própria para banho agora”, opina. Uma moradora diz que os dejetos vêm de longe. “Começa nos Barris, passa a Centenário e chega aqui. Isso aí se você perguntar para os órgãos eles vão dizer que é ‘água pluvial’, mas se fosse só pluvial não teria rato, fezes e esgoto. Tem gente que faz ligações clandestinas e joga esgoto na área de drenagem da água das chuvas”, explica.

Bombeiros que trabalham no local como salva-vidas também reconhecem que o problema é de longa data. “Isso sempre acontece, basta chover”, diz um deles.Consultada pela reportagem, a Embasa afirma que a origem dessas águas, que para muitos dos frequentadores tem origem duvidosa, é pluvial.

A assessoria de comunicação do órgão comenta que o mau cheiro poderia vir da própria água que desemboca quando chove, pelo fato de o líquido se acumular um período antes de desaguar, mas afirma que a competência nesse tipo de questão é da Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (Sucop).

A Sucop informou que enviará uma equipe técnica ao local, hoje, para verificar se há algum tipo de reparo que precise ser feito.  Frequentador da praia, o designer Vigor Muniz,  21 anos, diz que já tirou fotos e fez vídeos sobre o problema da sujeira recorrente. Ela não  impede, porém, de surfar nas águas da Barra.

“Quando esse buraco joga a água e o ‘esgotão’, a gente espera meia horinha pra a maré mudar e depois entra. É o tempo de a sujeira ser levada lá pro fundo”, diz ele, que acredita que o que chama de “esgotão” seja realmente água da chuva, mas misturada ao esgoto. “Podia ter um emissário que jogasse tudo lá na casa da p...”, completa. Para  Jorge e Adriana, casal de uruguaios, que estão em Salvador pela primeira vez, a sujeira desagradou, mas não chegou a impedi-los de curtir. “Hoje (ontem) está sujo, mas terça não estava. Se não tem recipiente para o lixo, as pessoas jogam na areia”, comentou Adriana, que reparou mais nas garrafas plásticas e outras embalagens do que na mancha azulada.

O casal Carina Araújo e Bruno Albergaria, de Belo Horizonte, também não deixou a sujeira passar despercebida. “Acho que não vou entrar na água hoje!”, disse Carina ao olhar para a mancha azul. Os dois ainda aproveitaram para falar da cidade como um todo.

“Não é só a praia, a cidade toda está muito suja, mal cuidada. A gente fica com pesar mesmo de ver tanto potencial sendo desperdiçado”, comentam. Pela quarta vez em Salvador, a jornalista Rose Lopes avisa: “Fico na Barra, mas sempre vou à praia no Buracão. Aqui não tem condições”, sentencia.