Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2022 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
A chegada de Cabral, colonização, independência, Primeiro e Segundo Reinado, Primeira República, Era Vargas, Ditadura Militar. A história do Brasil é o tema da 14ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. No total, 811 alunos de escolas da Bahia, do oitavo e nono anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, participam da competição.
A 1ª etapa do evento começou na última segunda-feira e vai até sábado (7). “A Olimpíada Brasileira em História do Brasil possui uma enorme importância para esses estudantes, pois para muitos trata-se do primeiro contato com a pesquisa”, explica o professor de história do Colégio Portinari, João Marques.
São 43 alunos do colégio que participam da competição. “Os alunos terão um certificado de acordo com a fase em que foram classificados e, a depender do estágio da olimpíada, isso pode ser usado como critério de desempate no vestibular da Unicamp”, detalha.
A competição possui seis fases on-line e uma última etapa presencial no campus de Campinas. “É uma competição também multidisciplinar, que faz com que o participante tenha contato com fontes das mais variadas possíveis e também com outras ciências, como Filosofia, Antropologia, Artes e Música”, afirma o professor.
Para participar, foram formados grupos com três alunos, que se inscreveram na competição e pagaram uma taxa de R$ 75 ou, para quem deixou para se inscrever mais tarde, R$ 115.
O estudante Augusto Menezes, de 17 anos, está no 3° ano no Ensino Médio e participa da competição pela terceira vez. Em 2020, chegou até a semifinal. O objetivo esse ano, além de adquirir mais conhecimento, é ter a chance de fazer a prova adicional para concorrer a uma vaga no curso de história da Unicamp.
“A sensação de participar mais uma vez é muito boa, gosto muito da olimpíada e sinto que ela é muito importante e gratificante para mim. Penso em cursar História, desde pequeno gosto muito da área e me interessei ainda mais depois da competição. Esse ano espero chegar ao primeiro lugar”, projeta.
Já o participante Vitor Fascio, 16, está no 2° ano do Ensino Médio e admite que História nunca foi sua matéria favorita, apesar de despertar curiosidade. “Sempre tive interesse, curiosidade e reconheço a importância da história para a gente pensar o presente”.
[[galeria]]
No 1° ano do Ensino Médio, Luca Viana, 15, conta que achou a primeira fase da competição bem difícil, mas depois entendeu o que sua professora quis dizer: “Ela disse que não era uma prova somente de conteúdo, mas de inteligência e raciocínio. Depois disso, gostei bastante e minha expectativa é que possa entender melhor a história do Brasil”.
Maria Gabriela, 15, que também está no 1° ano, conta que a disciplina sempre foi uma de suas favoritas. “Me dá alegria de falar sobre a história. Assim que surgiu a oportunidade de me inscrever na competição, pensei: ‘bora’. Minhas expectativas são boas, acho que vai ser muito importante para aprender de uma forma diferente”.
A fase presencial - e última - da olimpíada ocorre nos dias 20 e 21 de agosto para um mínimo de 800 finalistas, que comparecem à Universidade Estadual de Campinas e realizam uma prova dissertativa. Depois, é só aguardar o resultado e a entrega das medalhas logo no dia seguinte. Nesta oportunidade, eles conhecem e confraternizam com estudantes e professores de História de todos os estados do Brasil.
*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo