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Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2021 às 15:00
- Atualizado há 2 anos
O livro O Brasil Desenvolvimentista e a Trajetória de Rômulo Almeida: Projeto, Interpretação e Utopia, publicado pela Alameda Editorial, será lançado em evento online nesta sexta-feira (6), às 18h, no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=2Ti5oygDmFg). Participam do encontro o autor, o professor Alexandre Freitas Barbosa (IEB/USP), o editor da Alameda Casa Editorial Haroldo Ceravolo, a professora Ana Paula Koury, e os professores Gilberto Bercovici e Alexandre Saes, que acompanharam os estudos que deram origem ao livro. O trabalho de pesquisa para a elaboração da obra levou onze anos.
“O desenvolvimentismo não foi o modelo econômico que aprofundou a dependência e a desigualdade no Brasil. Para quem interessa perpetuar essa versão anacrônica do conceito? Quais foram as disputas políticas travadas no nascimento do planejamento econômico social brasileiro? O livro reconstrói historicamente o conceito de desenvolvimento através da trajetória do economista Rômulo Almeida. Tive a honra de participar da pesquisa em meu estágio de pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros”, afirma Paula Koury, acrescentando que a obra instiga debates polêmicos.
Rômulo Almeida nasceu em Salvador em 18 de agosto de 1914 e faleceu em 23 de novembro de 1988 em Belo Horizonte. Fez graduação em Direito pela Faculdade de Direito da Bahia (UFBA) e atuou em nas áreas de planejamento e desenvolvimento econômico. Foi professor em diversas instituições como a Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA, a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, no Curso de Planejamento do Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp) e da Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele teve decisiva na idealização do Polo Petroquímico de Camaçari, do Porto e do Centro Industrial de Aratu, bem como no planejamento e desenvolvimento de obras importantes para a Bahia, a exemplo da Chesf e da BR-116 (Rio-Bahia).
Rômulo ocupou diversos cargos públicos e participou nos anos 1950, da criação da Petrobras. Foi diretor da Companhia Ferro e Aço de Vitória e, em 1961, foi representante do Brasil junto à Comissão Internacional da Aliança para o Progresso. Em 1985 foi diretor de planejamento da área industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) No cenário político lutou pela aprovação das eleições diretas para presidente em 1984, e foi presidente de honra do PMDB baiano em 1985.