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Leno Sacramento lança livro sobre episódio de violência policial que ele viveu

Em "Para Desgraça", artista relembra o tiro que levou de um policial e transforma o caso em manifesto

  • Foto do(a) author(a) Roberto  Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 28 de julho de 2021 às 09:30

 - Atualizado há um ano

. Crédito: divulgação

"Para, desgraça!". Foi esse o grito que o ator baiano Leno Sacramento, 45 anos, ouviu segundos antes de levar um tiro na perna, disparado por um policial civil. O grito que ficou na memória de Leno é agora título de seu primeiro livro, que ele lança nesta quarta-feira (28), às 20h, no seu Instagram, @lenosacramento, numa live com a participação das atrizes Cássia Valle e Valdinéia Soriano, o poeta Nelson Maca, entre outros. 

Era uma quarta-feira de junho de 2018 e a Avenida Sete estava muito movimentada, afinal eram 14h. Os policiais estavam à procura de dois jovens negros que eram acusados de "tocar o terror" no Campo Grande, ali perto. Olharam para Leno, decidiram que ele era o bandido que procuravam e atiraram. Mas nem a descrição dos bandidos correspondia ao perfil de Leno, como observa o artista: "Eles estavam à procura de dois jovens negros carecas. Eu sou 'rasta' e já não era jovem", afirma Leno, que integra o Bando de Teatro Olodum.

No livro - que leva o subtítulo "Uma Quarta Para Não Esquecer" -, Leno relata o momento do tiro e o que aconteceu a seguir. Dali, ele entrou no carro com os policiais e foi para o Hospital Geral do Estado. "Entrei lá cercado de quatro policiais armados e com a perna sangrando. Fui tratado muito mal, como um bandido". 

Leno relata toda a tensão por que passou no hospital e, principalmente, o pânico que passou quando foi obrigado novamente a entrar no carro com seus algozes, para ir a uma delegacia onde deveria registrar o boletim de ocorrência. Mas não pôde registrar porque o delegado não estava lá. 

O artista, que também é ator e dramaturgo, diz que seu livro é "um desabafo, uma denúncia", que pode servir para encorajar outras pessoas a, como ele, denunciarem o crime de que foram vítimas. "Pode parecer estranho dizer isso, mas que bom que esse tiro foi em mim, que sou uma pessoa pública e posso fazer esse livro, para mostrar às pessoas nossos direitos", diz afirma Leno, que protagonizou os monólogos En (Cruz)ilhada e Nas Encruzas, que denunciam a violência e o racismo.  

Lançamento hoje (28), 20h, no Instagram @lenosacramento, com participação de Cássia Valle, Valdinéia Soriano, Nelson Maca e outros. Grátis | Preço do livro: R$ 30 (informações no Instagram)