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Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2020 às 21:25
- Atualizado há 2 anos
O companheiro da empresária Tarcila Maria Brandão Barreto, 74 anos, Nilton Fontes Barreto, 82, será internado em um hospital por ter apresentado indícios de transtornos mentais conforme determinação da Justiça desta segunda-feira (19). Preso em flagrante pelo assassinato da mulher, ocorrido no interior da residência do casal, em Alphaville, o idoso responderá por crime de feminicídio. Ele teria atacado a esposa com facadas durante um surto psicótico. Na decisão, a Justiça determina que o homem seja encaminhado para o Hospital de Custódia e Tratamento (HCT) de Salvador, devendo permanecer no local até ter autorização para liberação, conforme andamento do processo. >
Ainda segundo o documento, o corpo da empresária foi encontrado ensanguentado em um sofá pelo seu neto de 16 anos que morava com os avós. O suspeito de feminicídio dormia na cama com a camisa e a bermuda sujos de sangue. Perto do casal, foi encontrada uma faca no chão. O corpo de Tarcila foi encontrado pelo neto de 16 anos (Foto: Arquivo pessoal) Segundo a Polícia Civil, uma equipe do Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) conduziu o companheiro de Tarcila para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde o idoso foi autuado em flagrante por feminicídio. De acordo com a decisão, no local, o homem declarou não se lembrar do que aconteceu, mas presume ter cometido o crime por ter acordado com as roupas ensanguentadas ao lado da esposa. Segundo a decisão, o casal teria voltado de Praia do Forte para a sua casa em Salvador na última sexta-feira (16).>
A Justiça afirma que o filho do casal relatou à polícia que, há oito anos, o idoso tentou estrangular a mulher e que ele já fez tratamento psiquiátrico. Ainda de acordo com o filho, segundo registrou a decisão, após esse episódio, a empresária teria ficado um mês em São Paulo e, depois, voltou a morar com o companheiro. Ainda de acordo com o documento, o homem é réu primário.>
A decisão ressalta que existe "dúvida quanto a condição mental" pelo fato do idoso ter confessado o crime sem lembrar dos fatos e ainda ter afirmado que vivia bem com a mulher. A "periculosidade e o risco de reiteração" também foram levadas em conta para o pedido de internação provisória. >