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Mario Bitencourt
Publicado em 15 de março de 2019 às 19:25
- Atualizado há 2 anos
Um rapaz de 18 anos foi conduzido para a delegacia na tarde desta sexta-feira (15), em Teixeira de Freitas, no extremo Sul do estado, após a Polícia Civil ser informada que ele planejava realizar um ataque semelhante ao que deixou dez mortos em uma escola de Suzano (SP) na quarta-feira (13).
A suspeita veio à tona no final da manhã desta sexta depois que o jovem colocou uma foto em seu perfil do WhastApp com a frase “próximo ataque será no Ceteps”, em referência ao Centro Territorial de Educação Profissional, onde estudam cerca de mil alunos.
Ao ver a foto, amigos do rapaz espalharam a imagem com a frase, o que gerou pânico em estudantes do Ceteps. Muitos resolveram não ir para a escola no turno vespertino, em que estudam cerca de 380 alunos. Ao ficar sabendo do fato, a direção da escola comunicou a polícia, que buscou o rapaz em casa 20 minutos depois.
Segundo informou a direção da escola, o rapaz nunca estudou no Ceteps, mas tem amigos que estudam na unidade . Ele mora perto da escola, no bairro Jardim Caraípe. A direção informou que, por conta do problema, “houve uma baixa nos alunos pela tarde e pais pediram para liberar mais cedo os estudantes”.
Desculpa Os estudantes disseram que, para entrar na escola, o rapaz diria que precisava pegar um documento na direção - a escola possui um vigilante e um porteiro.
O delegado Júlio César Telles, que ouviu o rapaz, disse que ficou configurado o crime de ameaça na foto publicada no perfil do Whatsapp, mas ninguém apareceu ainda na delegacia para denunciar que se sentiu ameaçado pela frase do jovem.
“As pessoas têm 180 dias para prestar queixa sobre essa ameaça, caso isso não ocorra, ele ficará impune, pois esse é um tipo de crime que precisa de alguém para prestar queixa, dizer que se sentiu ameaçado”, declarou o delegado.
O jovem, por sua vez, disse na delegacia que “foi uma brincadeira de mau gosto”. Ele já foi liberado. O delegado informou que há possibilidade de ele ser processado na área cível por conta de eventuais transtornos.
Telles disse que não viu necessidade de entrar com pedido judicial para fazer buscas na casa do rapaz com o objetivo de saber se ele tem armas. Ele não tem passagens pela polícia e disse ao delegado que não é usuário de drogas.