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Jovem diz que é jogador, gasta R$ 3 mil em restaurante, arma barraco e sai sem pagar

Homem foi liberado após parar na delegacia, e dona não viu a cor do dinheiro

  • D
  • Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 09:19

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Reprodução

Um jovem de 26 anos bolou uma estratégia questionável para bancar o grã-fino em um restaurante de Santos, litoral de São Paulo. Segundo o G1, o "espertinho" se apresentou como um jogador de futebol, passou 13 horas no local, gastou R$ 3 mil em tudo do bom e do melhor, após armar um barraco, tentou sair sem pagar a conta.

Explica-se: o plano mirabolante dele era falar que sua carteira havia sido roubada dentro o estabelecimento e que, por isso, não poderia pagar a "esbaldação". Após fazer um auê, ele foi para a delegacia onde prestou queixa, dormiu por lá e, no final, foi exitoso pois a proprietária jamais viu a cor do dinheiro.

Em entrevista ao G1, a dona do local Milena da Silva Gonçalves Bento, 34, disse que o estelionatário chegou a usar o celular de um garçom para contratar três prostitutas - que igualmente não foram pagas. Além disso, o "endinheirado de Taubaté" pagou bebidas para outros clientes do estabelecimento.

Milena detalhou que ele saiu do estabelecimento por volta de 2h da manhã e foi direto para a delegacia junto com outro homem e as três garotas de programa. "Precisei correr para a delegacia, mas apesar de registrar a ocorrência e dele ter passado a noite lá, acabou sendo liberado e aplicou o golpe em outros lugares", reclama.

Reincidente O caso no restaurante aconteceu em fevereiro e parece que o homem gostou da estratégia e decidiu colocá-la a prova em outros lugares. Três estabelecimentos da região também identificaram o farsante, que valeu-se do mesmo modus-operandi nesses casos.

Proprietário de um bar que fica em Praia Grande, Hugo Alexandre Ferreira, de 38 anos, diz que em seu local o jogador fake levou um motorista de aplicativo como parceiro de curtição.

Na madrugada da última segunda-feira (24), ele entrou no local junto com o motorista de aplicativo e consumiu o equivalente a R$ 1 mil. No bar, ele ofereceu bebida para mulheres e garantiu que pagaria. De acordo com o proprietário, o homem reclamou do tratamento no restaurante como uma forma de fugir da necessidade de pagamento.

"Ele afirmou que não pagaria porque tinha sido destratado, mas na verdade ele não tinha a intenção de pagar, já que não tinha cartões nem dinheiro. Além disso, ele não estava com documentos", comenta Hugo. O estelionatário, que já tinha aplicado o golpe em bares de Santos, pediu ao motorista para levá-lo a um bar em outra cidade e prometeu que pagaria o consumo e R$ 400 pela corrida, valor que não entregou ao homem.

"É um padrão. Ele chama a polícia, faz confusão e nem tem como pagar o que consome". Ele relata que foi até a delegacia de Praia Grande, onde registrou boletim de ocorrência, mas o homem também acabou sendo solto.