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Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2022 às 12:23
- Atualizado há 2 anos
Um indígena da etnia pataxó foi morto a tiros na Aldeia Novos Guerreiros, na região de Porto Seguro, no Sul da Bahia. O crime aconteceu na tarde desse sábado (23).>
Iris Braz dos Santos, 44 anos, foi atingido por tiros dentro de casa. Ele chegou a ser socorrido o Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães, onde recebeu atendimento médico. Iris não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada deste domingo (24).>
Nas redes sociais, a liderança indígena Thyara Pataxó, da Aldeia Novos Guerreiros, lamentou o crime. "Em menos de dois meses do assassinato de Victor Bráz aqui na minha Aldeia, hj o tio dele será enterrado ao lado dele. Iris Braz, estava em sua casa trabalhando quando foi alvejado por 3 tiros. Ele foi socorrido, mas infelizmente faleceu após passar por uma cirurgia. Luto Pataxó!", escreveu no twitter.>
O caso será investigado pela 1ª Delegacia de Porto Seguro. Ainda não há informações sobre a autoria e motivação do crime.>
Outra morte Iris é tio do jovem Vítor Braz de Souza, 22 anos, morto a tiros no mês passado, ao reclamar de uma festa que acontecia na área da aldeia. >
Após um dia inteiro de trabalho em uma barraca de praia, Vitor chegou em casa por volta das 23h e ouviu da esposa a dificuldade da criança em dormir por conta do volume do som de uma festa - feita por não indígenas - que acontecia dentro do território. A primeira ação de Vitor foi reclamar em um grupo de WhatsApp formado por outros indígenas e lideranças. >
Em seguida, dado o nível do incômodo, o jovem decidiu ir até o local, onde fora recebido com hostilidade e atingido pelas costas após um convidado do evento disparar contra ele. O desfecho trágico deixou a comunidade completamente abalada.>
“A comunidade inteira, todo mundo muito abalado pelo que aconteceu. A gente não imaginou que chegaria a essa situação. Um segurança da festa estava revistando todo mundo e um cara simplesmente pegar uma arma e se achar no direito de tirar a vida de outra pessoa quando essa pessoa está reivindicando o direito dela", contou a liderança indígena Thyara Pataxó, da Aldeia Novos Guerreiros.>