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Indígena é agredida por PMs em festa de aniversário de cidade no sul da Bahia

Priscila Muniz, de 31 anos, teve um grave corte na testa, além de ferimentos por todo o corpo; veja vídeo

  • D
  • Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2022 às 20:43

. Crédito: Reprodução/redes sociais
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O aniversário de 60 anos da cidade de Pau Brasil, no sul da Bahia, foi manchado por um episódio de violência. Durante a festa realizada na noite da última segunda-feira (18), uma mulher indígena Pataxó HãHãHãe foi agredida por policiais militares e teve sérios ferimentos na cabeça, além de escoriações por todo o corpo.

Priscila Muniz, de 31 anos, estava na festa com o marido quando ele decidiu passar próximo a uma equipe da PM, que não teria gostado da aproximação e lhe atingido com um cassetete. "Não teve motivo nenhum, ele apenas pediu licença para passar, aí eles agrediram meu esposo. Quando eu pedi para que eles não fizessem isso porque a gente só estava passando eles me agrediram. Não tem lógica! A única coisa que eu posso dizer é preconceito contra nós indígenas", comenta.

As imagens foram compartilhas nas redes sociais pela jovem liderança Pataxó HãHãHãe Fabrício Titiah, e rendeu centenas de respostas. O vídeo mostra Priscila e o esposo sendo agredidos e caindo no chão, enquanto os policias seguem desferindo golpes. Ela ainda tenta argumentar com os PMs enquanto o sangue escorre da sua testa.

A mulher chegou a desmaiar e foi levada ao hospital do município pelo seu tio, o Cacique Nailton Muniz. Priscila teve um corte extenso na cabeça e precisou levar pontos. Ela já se recuperou do choque inicial, mas ainda se diz revoltada com a situação."Agredir uma pessoa assim sem ela ter feito nada é abuso de poder", diz Priscila.Segundo o Cacique Nailton, o caso foi registrado no Complexo Policial de Pau Brasil e Priscila esteve em Itabuna nesta quarta-feira (20) para a realização do exame de corpo de delito.

Procurada pelo CORREIO, a Polícia Militar da Bahia não se posicionou sobre o ocorrido até o momento desta publicação.

A Polícia Civil também foi procurada, mas o registro da ocorrência não foi localizado.

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