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Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2020 às 13:35
- Atualizado há 2 anos
O Bahia está de luto. Ex-jogador e ídolo do clube, Sapatão morreu nesta sexta-feira (5), aos 72 anos. Ele estava internado na UTI do Hospital da Bahia desde o dia 17 de maio após passar mal em casa, com quadro de hipertensão - também sofria de problemas renais.
Sapatão apresentou complicações na madrugada de 27 de maio e precisou ser intubado. O ex-zagueiro passou a respirar com a ajuda de aparelhos e, já na UTI, foi diagnosticado com covid-19, supostamente contraída no hospital.
O Hospital da Bahia divulgou uma nota sobre o falecimento de Sapatão. "Ele era portador de algumas comorbidades como Hipertensão Arterial,Cardiopatia, neuropatia crônica, suporte Dialítico, tendo testado Covid positivo e internado na Unidade de Terapia Intensiva. Durante os dias de internação foi intubado, ficou em Suporte Ventilatório e Dialítico, mas apresentou choque refratário com parada Cardiorespiratoria, vindo a falecer", diz parte do texto.
Élcio Nogueira da Silva, ou simplesmente Sapatão, fez sucesso jogando com a camisa do Bahia durante as décadas de 1970 e 1980. Ele é um dos quatro jogadores que atuaram em toda a campanha que deu ao tricolor o inédito e até hoje inigualado heptacampeonato baiano de 1973 a 1979. Os outros são Baiaco, Fito e Douglas. Escalação inicial do time do hepta: em pé Luis Antônio, Toninho, Sapatão, Zé Augusto, Baiaco e Romero. Agachados Botelho, Douglas, Caio, Peres e Gilson (Foto: Reprodução) Além do Esquadrão, passou ainda por Flamengo, Fluminense de Feira - pelo qual foi campeão baiano de 1969 -, Santa Cruz e Catuense. Após encerrar a carreira nos gramados, Sapatão se tornou treinador e dirigiu equipes como Ypiranga, Camaçari, Galícia, América-SE e União São João-SP.
Em nota, o Bahia lamentou a morte do ídolo. "Capitão tricolor em todos os títulos da inigualável conquista do heptacampeonato estadual, entre 1973 e 1979", lembrou o clube.
Ao todo, com a camisa tricolor, Sapatão entrou em campo 450 vezes e marcou 12 gols.
Ele deixa a viúva Junalva Nogueira, três filhos e quatro netos. Ainda não há informações sobre o sepultamento - que, por causa da pandemia do coronavírus, será restrito a familiares e pessoas mais próximas.