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Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2020 às 15:19
- Atualizado há 2 anos
Um extenso relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a Operação Snake, deflagrada pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama) com o objetivo de apurar a origem de cobras ilegais no Distrito Federal (DF), afirma que o caso do estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl desvelou uma “rede de uso ilegal de animais silvestres”. E “ficou evidente a conexão com o tráfico internacional” de animais.>
O universitário foi picado por uma cobra Naja kaouthia que criava como animal de estimação, apesar de a serpente não ser natural de nenhum habitat brasileiro. A suspeita é que a Naja tenha sido trazida para o DF a partir de uma licença irregular, emitida por uma servidora do próprio Ibama e que já foi afastada do cargo.Segundo o documento do instituto, as apurações indicam que o suposto esquema de contrabando não seja recente. “Existem fortes evidências de que parte dos espécimes silvestres exóticas possa ser oriunda de reprodução no Brasil o que […] trata-se […] de situação ainda mais grave.”Exemplo disso seriam as apreensões realizadas durante a operação. Conforme o texto, foram encontradas uma estufa e um mineral usado como incubador de ovos das serpentes. “Denota que o grupo ou reproduzia ou tentava reproduzir serpentes”, afirma o Ibama no relatório divulgado pelo portal Metrópoles.>
Para o órgão ambiental, no entanto, não existe apenas uma organização responsável pelo tráfico de animais. Sem conseguir quantificar, o instituto diz que, apesar de haver diferenças, existem alguns pontos em comum. “Esses grupos se interconectam entre si por meio de alguns de seus integrantes”, afirma.>
Confira as imagens divulgadas por Pedro antes do acidente com a Naja:>
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