'Gripolé': ambulante viraliza ao vender picolé em gripário de Salvador; veja vídeo

Vendedor foi criticado nas redes por ignorar "conselho" e vender gelado no gripário

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2021 às 22:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

“Não toma gelado, menino”. A sabedoria popular é taxativa ao afirmar que gripe não combina com alimento gelado. É necessário evitá-los. A orientação, no entanto, não foi levada em consideração por um ambulante na capital baiana, que decidiu buscar na Unidade de Pronto Atendimento do Vale dos Barris, onde está montado um dos gripários da cidade, algum desavisado. O espaço tem recebido diariamente um alto volume de pessoas em busca de atendimento, diante do surto da Influenza A H3N2 em Salvador.  

Imagens nas redes sociais mostram o homem oferecendo a iguaria enquanto pacientes aguardam por atendimento. A situação inusitada, claro, virou motivo de “comédia”, como se diz em bom baianês. O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais, e em uma das postagens até recebeu um apelido inusitado do influencer Leozito Rocha: "gripolé".Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Comédia Baiana (@comediabaiana)Aliada à covid-19, as síndromes gripais têm preocupado a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. De acordo com a pasta, a incidência do H3N2 teve um aumento de 1.380% nos últimos 15 dias. 

Na noite desta quarta-feira (15), a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou o primeiro óbito em decorrência de complicações da doença. A vítima é uma mulher de 80 anos, residente de Salvador, que não estava vacinada contra influenza. 

O último balanço da pasta estadual confirmou a notificação de 93 casos de Síndrome Gripal (SG) no estado com resultado positivo para Influenza A H3N2. Destes, 15 evoluíram para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessitaram hospitalização.

Mito Apesar das recomendações populares, dados científicos não confirmam a relação negativa entre quadros de gripe e a ingestão de gelados. Neste caso, a temperatura dos alimentos não interfere na evolução da doença, que é causada por um vírus.