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Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2019 às 14:40
- Atualizado há 2 anos
Seis irmãos foram até a delegacia de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, para denunciar o pai pela morte da mãe, que aconteceu há 37 anos. O caso foi em Quilombo, Santa Catarina, e a vítima foi morta depois que pediu a separação ao descobrir que o marido tinha um caso com a empregada. A informação é do G1.
A família conta que Pierina Carroro morreu em 25 de janeiro de 1982. Depois da morte dela, o marido, hoje com 78 anos, casou com a empregada da família e vive com a esposa em Lucas do Rio Verde. Ele sempre disse aos filhos que Pierina foi assassinada durante um assalto.
Os filhos sempre desconfiaram dessa versão e nos últimos meses resolveram investigar. Ouviram autoridades policiais que cuidaram do caso e outras testemunhas. Juntando documentos e informações obtidas, descobriram a verdade. Ao ser confrontado, o pai confessou detalhes do crime. Apesar disso, deve seguir livre porque o crime já prescreveu.
Mesmo assim, na terça, os filhos foram até a delegacia com tudo que conseguiram e prestaram depoimento por 3 horas ao delegado Daniel Nery, para registrar o boletim de ocorrência.
Pierina teve sete filhos com o marido - eles tinha de 7 a 19 anos quando ela foi morta. Seis dos sete filhos estão vivos.
Boatos Enquanto cresciam, os filhos ouviam relatos de que o pai teria forjado um roubo para matar a mulher. Isso os deixava com dúvidas.
“Depois de três meses de investigação, descobrimos que ele teve um caso extraconjugal, há mais de dois anos com a empregada. A mãe descobriu e quis se separar. Ele a chantageou e ela contou [sobre a traição] aos irmãos e amigas”, conta um deles.
Depois disso, o marido planejou uma viagem com a mulher para a cidade catarinense de São Carlos - só os dois. Ele viajou armado.
Na viagem, o pneu do carro teria furado - segundo a família, uma simulação. Ele desceu do veículo, pegou uma pedra e bateu na cabeça da mulher. O corpo de Pierina foi deixado em uma sarjeta e antes de sair ele ainda atirou no peito dela. Com outra pedra, quebrou o para-brisa do carro. Ele relatou na época que o carro foi parado por bandidos e a mulher foi assassinada pelos ladrões.
Depois de juntar algumas informações, os filhos confrontaram o pai no sábado. “Ele confessou três vezes sem derramar uma lágrima. Ficamos aliviados, só queríamos a verdade e esclarecer o que aconteceu. Não tem justiça (que pague)".
Ele contou aos filhos que cometeu o crime porque sua traição e separação não seriam aceitos pela sociedade. "Ele disse que ficaria 'feio".