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Amanda Palma
Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 06:21
- Atualizado há 2 anos
O aeroporto de Salvador está sem energia elétrica desde a madrugada desta segunda-feira (22). Segundo relatos de passageiros, o aeroporto ficou sem luz em todos os andares.
Por causa da falta de energia, alguns voos estão atrasados nesta manhã. Segundo a assessoria de imprensa da Coelba, a falta de energia começou por volta das 1h20 e o fornecimento foi normalizado às 3h40.
Ainda segundo a empresa, o motivo da falta de luz foi um problema técnico no circuito subterrâneo do terminal. Técnicos da Coelba foram até o local para resolver o problema. Passageiros têm que enfrentar longas para conseguir embarcar no aeroporto nesta manhã (Foto: Nilson Marinho/CORREIO) Nas redes sociais, passageiros relataram a dificuldade. "Aeroporto de Salvador sem energia há pelo menos 10 minutos", escreveu um internauta por volta de 1h20. "Eh hoje que eu n saio de Salvador, faltou luz no aeroporto varias vezes e ainda por cima o voo ta atrasado (sic)", escreveu outra passageira. De acordo com informações da TV Bahia, algumas companhias aéreas estão fazendo check-in manual no saguão do aeroporto.
Segundo informações da Vinci Airports, empresa francesa responsável pela administração do terminal, a falta de energia aconteceu entre 1h20 e 3h40 e, por volta das 4h, os geradores do terminal apresentaram pane. Para consertar os equipamentos, foi necessário interromper o fornecimento de energia, "por medida de segurança", informou a assessoria.
Ainda de acordo com a empresa, ao todo, 29 voos atrasaram durante a madrugada: 10 da Gol, oito da Latam, seis da Azul, três da Avianca e dois da Passaredo. Pela manhã, cinco voos foram afetados pelo problema. Os últimos oito voos que estavam atrasados decolaram pela manhã.
Em nota, a Azul informou "que cinco voos da empresa foram impactados devido à falta de energia no aeroporto de Salvador". "A companhia esclarece ainda que as aeronaves já decolaram da capital baiana", disse a companhia aérea. O CORREIO também fez contato com a Gol, Latam, Avianca e Passaredo mas ainda não obteve retorno.
Calor Um grupo de amigos está desde às 6h a espera do voo para a Angola - até lá, com uma conexão em São Paulo, a viagem é de 8h. Eles deveriam ter embarcado às 8h, mas 8h20, continuavam aguardando. Quando chegaram no local, o grupo se deparou com os guichês lotados. Os passageiros, conta a professora Gildete Farias, 63 anos, deitaram no chão e reclamavam de forte calor dentro do Aeroporto.
"Foi um caos total, as pessoas se espalharam pelo chão e o calor estava muito forte. Agora estamos esperando a situação normalizar para embarcamos", reclama a professora.
O funcionário público aposentado Valdo Alcântara, 64, também deveria embarcar às 8h no mesmo voo para Angola. De acordo com ele, a situação da falta de energia foi normaliza por volta das 6h30. "Uma confusão, agora não sabemos quando vamos embarcar", lamenta.
Segundo a assessoria da Vinci, os aparelhos de ar condicionado e as máquinas de check-in já estão funcionando.
Nova direção O Aeroporto Internacional de Salvador está sob nova direção desde o dia 2 de janeiro quando o grupo francês Vinci Airports assumiu a direção do terminal soteropolitano. As primeiras mudanças previstas pela Vinci, segundo nota emitida pela assessoria, no início deste mês ao CORREIO, eram a instalação de Wi-Fi de alta velocidade, melhorias nos banheiros, no sistema de ar-condicionado e na sinalização.
“Nossa equipe está mobilizada para oferecer a melhor experiência possível aos passageiros em sua jornada pelo aeroporto. E esperamos que esta experiência melhore ao longo do tempo, com a entrega das obras”, afirmou o grupo, em comunicado.
A empresa afirma na nota que atuará “com foco na melhoria da qualidade de serviços, geração de tráfego aéreo e estímulo de atividades não relacionadas à aviação, desenvolvendo também as áreas comerciais no terminal”.
Problemas De acordo com uma funcionária do Aeroporto, que não quis se identificar, a situação do local é um pouco mais complicada. Para ela, os passageiros relatam falta de manutenção, sobretudo nos banheiros, além da ausência de pessoas que possam orientá-los sobre o embarque e desembarque.
A funcionária, que trabalha em uma loja de roupas, às vezes, se disponibiliza e ajuda os passageiros. "Eles desabafam sobre falta de guichês de informações, e nós, por trabalharmos aqui, acabamos ajudando, dando orientações", conta.
Uma outra funcionária de uma loja de salgados conta que está trabalhando no local há três semanas, mas já percebe que o espaço precisa de uma manutenção maior. "Tá vendo esse chão aí? Eles demoram de limpar. As poltronas também costumam ficar sujas, sem falar nas pessoas que estão pedindo informações, o que é chato, porque além de atrapalhar, muitos são mal educados e acham que a gente tem a obrigação", reclama.