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Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2018 às 10:25
- Atualizado há 2 anos
A defesa de Danielle Cavalcanti e Alexandre Campos de Jesus, que agrediram uma criança de 6 anos, de Feira de Santana, disse que o casal está “extremamente arrependido da fatalidade”. Os dois foram flagrados por câmeras de segurança de um condomínio em Brasília agredindo o menino que estava de férias na casa de uma tia.
No comunicado, divulgado nesta sexta-feira (14), o advogado Rafael Pitzer, disse que os dois “foram tomados por violenta emoção” ao verem o filho com o “rosto deformado, boca e lábios sangrando muito”.
Imagens do circuito interno do condomínio mostra o momento em que o filho do casal tropeça na bola e cai enquanto brincava com o menino baiano. Ele bate a boca no chão, levanta e deixa o local.
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Minutos depois, o pai, Alexandre Campos de Jesus, volta à quadra, segura por trás o outro menino pelos braços e manda o filho dar um murro no rosto da criança. Em seguida, Danielle Cavalcanti, a mãe, aparece, vai até o garoto e o empurra.
Na nota, Alexandre e Danielle dizem que foram informados por testemunhas de que o filho havia sido machucado por uma outra criança. O advogado da dupla diz que o menino não conseguia falar devido aos ferimentos. Por esse motivo, eles teriam sido tomados “por violenta emoção”.
O texto diz que Alexandre e Danielle “sempre buscaram dar uma boa educação para seus filhos pautada no diálogo e respeito para com o próximo”.
Rafael Pitzer cita ainda que os pais estão "bastante abalados com os acontecimentos e a grande exposição do fato pela mídia". E que o casal tem recebido ameaças. "Ambos vêm sofrendo ameaças de morte, injúrias e difamações pelas redes sociais."
A defesa diz que a cupla tem colaborado na investigação. "Nesse sentido, se houver o indiciamento, farão as defesas pertinentes perante o Poder Judiciário, tendo (o casal) o direito ao devido processo legal".
Agressão corporal A Polícia Civil de Brasília informou que o casal vai responder por lesão corporal, cuja pena inicial prevista é de três meses a 1 ano, podendo ser aumentada em razão da idade da vítima. Há também a possibilidade de o casal responder pelo crime de ameaça e de submeter o próprio filho a constrangimento, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Mãe diz que casal agiu no 'calor do momento' A mãe de Danielle Cavalcanti, flagrada agredindo uma criança baiana de 6 anos em um condomínio de Brasília, saiu em defesa da filha. Schirley Cavalcanti dos Santos disse à TV Globo nesta sexta-feira (14) que Danielle agiu no "calor do momento" e não houve agressão por parte de nenhum adulto.“Ele (o garoto) não foi agredido por um adulto. Em momento nenhum eles bateram. Ela agiu no afã do momento, gente. Pelo amor de Deus”, disse.Veja nota da defesa de Danielle Cavalcanti e Alexandre Campos de Jesus
Rafael Pitzer, advogado de defesa (do casal), vem a público esclarecer que ambos estão cooperando com as investigações e no momento oportuno irão prestar maiores esclarecimentos acerca dos fatos à Autoridade Policial que preside as investigações.
Necessário esclarecer, ainda, que não se tratam de pessoas violentas, com passagens pela polícia ou vida dedicada à prática criminosa, mas pessoas comuns, pais de família, trabalhadores, cidadãos respeitados, que sempre buscaram dar uma boa educação para seus filhos pautada no diálogo e respeito para com o próximo.
Infelizmente, no domingo, 09.12.2018, na Octogonal, após depararem com o filho, de 6 (seis) anos, com o rosto deformado, a boca e lábios sangrando muito, impossibilitado de conseguir falar o que de fato havia acontecido e serem informados por terceiros de que (outra criança) havia batido nele, foram tomados por violenta emoção, que desencadeou na fatalidade.
Registra-se, ainda, que (os pais) estão bastante abalados com os acontecimentos e a grande exposição do fato pela mídia. Não bastasse, ambos vêm sofrendo ameaças de morte, injúrias e difamações pelas redes sociais. Diante das ameaças, já estão sendo tomadas as devidas providências, inclusive com a formalização de representação perante os órgãos de repressão criminal.
Por fim, a defesa informa que ambos estão extremamente arrependidos da fatalidade que ocorreu e cooperando da melhor forma para que se tenha um desfecho mais célere e justo possível. Nesse sentido, se houver o indiciamento, farão as defesas pertinentes perante o Poder Judiciário, tendo (o casal) o direito ao devido processo legal.