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Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2019 às 13:30
- Atualizado há 2 anos
Férias: taí uma palavra que a grande maioria dos estudantes adora ouvir. Em São Paulo, alunos da rede estadual terão recesso não duas, mas quatro vezes no ano, mas só a partir de 2020.
A mudança, anunciada nesta sexta-feira (26), pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), significa uma redução no recesso de julho. Em vez de um mês de férias no meio do ano, professores e alunos terão, a partir de 2020, 15 dias de descanso no período.
Os outros 15 dias serão distribuídos da seguinte forma: uma semana em abril e outra em outubro, além de dezembro/ janeiro. O governo não detalhou em quais semanas desses novos meses ocorrerão os recessos.
O anúncio foi feito nas redes sociais do governo paulista. “Alunos terão quatro férias ao ano, em períodos menores, no fim de cada bimestre. Recesso de janeiro permanece o mesmo, a redistribuição é válida para o período de julho e os 200 dias letivos serão mantidos. Os docentes terão férias de 15 dias em janeiro e 15 dias em julho”, informou a página oficial do governo paulista no Twitter. Veja abaixo.
Para os estudantes, os quatro recessos ficam assim: uma semana em abril, duas semanas em julho, uma semana em outubro e mais 30 dias entre dezembro e janeiro.
Segundo o secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, a mudança tem como objetivo a melhoria do processo de aprendizagem."Estudos mostram que períodos muito longos fora da escola atrapalham a aprendizagem, porque a criança demora a voltar no ritmo."Ele disse esperar que a mudança seja adotada também pelos 645 municípios do Estado.
O próximo ano letivo começa no dia 3 de fevereiro, com encerramento previsto para 22 de dezembro. "O objetivo é organizar o calendário e o planejamento das atividades pedagógicas, além de garantir que docentes que atuam nas redes estadual e municipais consigam conciliar os períodos de recesso escolar e férias", diz nota do governo.
Segundo Doria, "municípios poderão aderir ao novo calendário estadual unificando os cronogramas. Rede privada se quiser pode seguir o mesmo modelo da rede estadual de São Paulo".
O governador apresentou também uma justificativa econômica para a mudança. Segundo Doria, os períodos extras de férias podem estimular o turismo. Um estudo feito pela Secretaria de Turismo teria apontado um impacto econômico de R$ 5 bilhões para os municípios nos próximos 3 anos com a mudança. Eles estimam que 12 milhões de pessoas, entre alunos, professores e seus familiares, possam viajar nesses períodos de férias.