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Engenheiro de 59 anos é assassinado dentro de apartamento na Barra

O corpo de Sérgio de Brito Domingues foi encontrado dentro do banheiro, com pés e mãos atados e sinais de estrangulamento

  • Foto do(a) author(a) Amanda Palma
  • Amanda Palma

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 08:32

 - Atualizado há 2 anos

Engenheiro foi morto dentro de casa (Foto: Juarez Soares)O engenheiro civil Sérgio de Brito Domingues, de 59 anos, foi morto na noite deste domingo (13) dentro do apartamento onde morava no bairro da Barra, em Salvador. Segundo uma fonte no Departamento de Polícia Técnica (DPT) que pediu para não ser identificada, Sérgio foi encontrado morto dentro do banheiro com ferimentos na face e sinais de estrangulamento.O crime aconteceu por volta das 22h, na rua Professor Lemos de Brito, no Edifício Gavazza Residencial, no Morro do Gavazza. De acordo com o major Edmundo Assemany, comandante da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (11ª CIPM/Barra), Sérgio deu acesso ao prédio para o suspeito. "Vizinhos comentaram que ele tinha acabado de chegar da Parada Gay, mas essa informação ainda não foi confirmada. Não tinha sinais de arrombamento no prédio e nem no apartamento. Moradores contaram que ele recebia constantes visitas de estranhos. Tudo leva a crer que ele conheceu alguém na rua e levou para casa", disse o comandante da 11ª CIPM/Barra.

Segundo a administradora Tita Imbassahy, sobrinha de Sérgio, o tio teria permanecido parte do domingo com ela organizando documentação de um carro que ela tinha acabado de comprar. "Ele ficou até umas 13h comigo. Depois disso, me deixou em casa e foi para a casa da minha avó, na Ladeira da Barra. Um pouco mais tarde, ele me disse que ia tomar um banho de mar. Ele também falou com outro tio meu, umas 20h, dizendo que estava em casa", contou. 

Ainda segundo Tita, Sérgio teria ido à Parada Gay, mas retornado para casa sozinho. "Quando chegamos na casa dele, os vizinhos nos contaram que ele chegou em casa sozinho. Depois de um tempo, a vizinha que mora no apartamento de cima ouviu um pedido de socorro e desceu para ver o que era. Ela percebeu que o varal da casa dele estava caído e entrou na casa de outra vizinha, que mora em frente ao apartamento dele (Sérgio). Lá dentro elas fizeram ligações para a delegacia. O cara (suspeito) ainda estava no apartamento, porque elas disseram que ouviram ele dizer que ia matar meu tio", relatou. "Ele era homossexual, mas era muito discreto, muito cuidadoso. Ele não tinha inimizade com ninguém. Acreditamos que quem fez isso foi alguém que sabia que ele tinha algum bem", analisou Tita.

Por telefone, a assessoria da Polícia Civil informou que "delegacia não tem patrulhamento" e que "o normal é a Polícia Militar atender ocorrências desse porte". Ainda de acordo com a assessoria, a vizinha "deveria ter ligado para o 190, o que provavelmente foi feito pelos agentes".

Quando a polícia chegou, o corpo de Sérgio estava no banheiro, entre o vaso sanitário e o box, de bruços, com a calça abaixada, pernas amarradas e algemas plásticas nos pulsos. No local havia muito sangue e a vítima ainda tinha uma camiseta em volta do pescoço. O apartamento estava revirado.

Morador do prédio, o administrador dinamarquês Kristian Paulsen, 38, disse que ouviu gritos, como se fosse uma discussão. “Ouvi os gritos, mas não consegui entender direito o que eles diziam, mas não ouvi mais nada”, disse.

Fuga

De acordo com testemunhas, o suspeito fugiu em direção ao cruzamento entre a Rua Marquês de Caravelas e a Rua Cezar Zama, onde fica localizada a 14ª Delegacia (Barra). Ainda de acordo com Assemany, o suspeito fugiu tentando levar uma TV e o carro da vítima, um Ford Ka Preto.

"Foi um latrocínio. Ele não conseguiu abrir o portão do prédio para sair. Chegou a forçar saída com o carro, mas não deu certo", contou.

Segundo outro vizinho de Sérgio, o artesão José Paulo de Queiroz, o criminoso vestia uma camisa vermelha e fugiu levando uma bolsa. "A caixa de correspondência foi usada de apoio para escalar o portão. Uma moradora do 1º andar ouviu a briga e ouviu gritos de 'vou te matar'. Ela ligou para a delegacia, mas ninguém veio", contou ao CORREIO.

O controle remoto da televisão, o controle do portão eletrônico que dá acesso à garagem e também outros pertences, como uma caixa de perfume e de viagra, ficaram espalhados pela rua até a manhã desta segunda. Os objetos foram recolhidos por um morador para serem entregues à polícia. Controles foram esquecidos na calçada do prédio pelo suspeito e pela perícia (Fotos: Amanda Palma)"Eu ouvi o barulho e corri para ver se tinha rolado uma batida aqui embaixo. Quando desci, o suspeito escalou o portão e fugiu em direção da rua da delegacia", comentou um morador que não quis se identificar.

A sobrinha de Sérgio ainda relatou que, durante a fuga, uma outra vizinha teria visto o suspeito pular o portão e questionado a ele o que ele estava fazendo. Como resposta, segundo Tita, o suspeito teria mandado a vizinha "sair da frente", e que "não faria mal algum" a ela.

O prédio tem duas câmeras de segurança, mas, segundo a assessoria da Polícia Civil, elas estavam danificadas. 

Procurada pela reportagem do CORREIO, a Nautillus Engenharia, onde Sérgio trabalhava, não quis se manifestar.

O corpo de Sérgio foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). O corpo deverá ser velado ainda nesta segunda-feira no cemitério Jardim da Saudade, em Brotas. O sepultamento deve ocorrer às 10h desta terça-feira. 

O caso está sendo investigado pelo delegado Marcelo Sansão da 1ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).