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Em resgate histórico, Parque dos Ventos ocupa espaço antes abandonado na orla de Salvador

Com paisagismo e segurança, local é opção para prática de esportes radicais

  • D
  • Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2021 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Fotos: Marcelo Gandra

O espaço onde, por muito tempo, abrigou o inativo Aeroclube e um amontoado de terra se transformou em uma atração que valoriza ainda mais a orla da capital baiana. O Parque dos Ventos fica ao lado de outras três novidades implantadas pela Prefeitura de Salvador nos últimos anos: o Centro de Convenções, a Arena Daniela Mercury – utilizada para o Réveillon – e o trecho requalificado da orla da Boca do Rio. Com cerca de 85 mil metros quadrados - o equivalente a 12 campos de futebol – o local foi inaugurado em março de 2020 e oferece 14 opções de lazer e espaços esportivos, inclusive profissionais.

“Sem dúvida que os moradores da Boca do Rio e adjacências, assim como toda a cidade, têm um equipamento muito interessante para usufruir. São 85 mil metros quadrados à beira-mar, com diversas opções de equipamentos voltados para o esporte, o que faz com que pessoas de outros bairros também se desloquem para aproveitar o espaço. Além de ser um lugar muito atrativo e agradável para as famílias”, ressalta Edna França, secretária de Sustentabilidade e Resiliência de Salvador (Secis) – pasta que administra o Parque dos Ventos.

Até se tornar realidade, houve muito esforço. Inicialmente, a construção do Parque dos Ventos era uma contrapartida à implantação de um shopping na área. Por conta da crise econômica nacional, a ideia não foi concretizada e a gestão municipal assumiu a obra, que teve projeto da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF). Com investimento de R$ 10 milhões, os recursos utilizados para erguer o espaço foram da venda de terrenos sem utilidade que a Prefeitura tinha na cidade – dinheiro que também foi destinado para a construção do Hospital Municipal de Salvador e do próprio Centro de Convenções.“Todos os espaços que são pensados, construídos, revitalizados e inaugurados pela Prefeitura buscam, de alguma forma, sempre atender o cidadão e, portanto, melhorar a sua qualidade de vida na cidade, seja do ponto de vista do lazer, da saúde, da educação, ambiental, da mobilidade, da cultura. No caso dos parques, suas existências podem trazer conforto térmico e uma possiblidade a mais de lazer e contemplação cultural em uma cidade litorânea como Salvador, onde as praias são uma das principais opções de diversão”_Edna França, secretária de Sustentabilidade e Resiliência de SalvadorEstrutura A proposta do Parque dos Ventos é de funcionar como um centro esportivo voltado tanto para atletas profissionais quanto para amadores. Para isso, o local dispõe de pista de skate street, com simulação de obstáculos de rua como escadarias, rampas e corrimões, ciclovia de três quilômetros, pista ciclística de circuito contínuo – conhecida como pump track – com lombadas, morros de terra arredondados e curvas levemente inclinadas, além de um local destinado exclusivamente à pratica do parkour.

Há também parque infantil com brinquedos adaptados para pessoas com deficiência, tabelas de basquete, quadra de vôlei, área para contemplação e piquenique, anfiteatro com capacidade entre 100 a 150 pessoas, quatro morrotes (pequenos morros) ligados por pontes de madeira laminada e estrutura metálica, escorregadeiras naturais, quiosques, sanitários e passeio para realização de caminhada com área para uso de patins.Paisagismo O Parque dos Ventos possui 210 coqueiros, 35 amendoeiras, 30 algodoeiros, 25 aroeiras de praia, 30 abricós de praia, 30 cocolobas uvíferas, 30 ciccas, 60 fícus de praia e 64 mil m² de grama.Um dos destaques do espaço é a estrutura de dez metros de altura para atividades de rapel e escalada, além do amplo estacionamento com 150 vagas, portaria e pequeno ambulatório. Para garantir a segurança, o local conta com a presença permanente da Guarda Civil Municipal (GCM) e monitoramento por câmeras 24 horas, além de iluminação com 343 pontos de LED.

A secretaria Edna França conta que a manutenção do espaço é periódica, com roçagem da grama e limpeza dos indivíduos arbóreos, e se torna ainda mais frequente durante o inverno: “No período chuvoso da cidade, que é o que estamos vivenciando no momento e vai até agosto, aproximadamente, a frequência da manutenção é maior e mais necessária. Todas as árvores são acompanhadas semanalmente. Por ser uma das regiões da cidade com um alto índice de salinidade, se exige também que a manutenção nos equipamentos e brinquedos seja feita periodicamente”. Com 64 mil m² de grama, espaço possui paisagismo com vegetação predominantemente de Restinga Pandemia Por conta da pandemia, todos os parques municipais foram fechados ainda em março de 2020. Após seis meses de fechamento, os espaços foram reabertos com a queda no número de ocupação de leitos para Covid-19 na capital baiana, seguindo todos os protocolos sanitários, como uso de máscara e distanciamento de 1,5m entre as pessoas, além de isolar os equipamentos, academias de ginástica, brinquedos infantis e anfiteatros para não causar aglomeração.

Com o aumento no número de ocupação de leitos com casos de coronavírus na capital em função da segunda onda, o Parque dos Ventos, assim como outros espaços municipais, voltaram ser a fechados em março deste ano, permanecendo assim até o momento.

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