Em Dia Nacional do Doador de Sangue, Hemoba recebe 'rede solidária' 

​​​​​​​Esporte Clube Bahia, além de Corpo de Bombeiros e Sindicato dos Petroleiros participaram de ação

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  • Tailane Muniz

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 14:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

O banco de sangue da Fundação de Hematologia do Estado da Bahia (Hemoba) se aproxima do último mês do ano em situação adequada para os tipos A+ e O+, que são os potenciais utilizados em todo o estado. Dada a rotatividade do estoque, contudo, há sempre a necessidade de mais. 

Nesta segunda-feira (25), Dia Nacional do Doador de Sangue, graças à campanha comemorativa - em parceria com o Esporte Clube Bahia, além do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-Ba) e Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) -, vai ser possível coletar em uma semana quantidade que, em geral, só costuma ser alcançada em um mês.

Diretor do Hemoba, Fernando Araújo explica que a campanha existe como representação do engajamento que a entidade já realiza durante o ano. Segundo ele, a grande incidência de acidentes "Nós temos um estoque dos tipos A- e O- [universal] em situação de alerta, mas que não é um estado crítico".

E completa: "Os tipos que têm mais saída, o O+ e A+ têm quantidade adequada, mas a gente salienta a importância da doação, principalmente porque eles têm mais demanda, já que correspondem a 75% da população. A rotatividade é alta", reforça. O tenente-coronel Jadson Almeida cantou no Hemoba (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) Coordenadora de Doação do Hemoba, Iara Matos conta que, com o tricolor baiano, por exemplo, a estratégia da campanha parte do princípio de "fidelização". "Assim como o torcedor é fiel ao time, a ideia é de que eles compreendam essa relação de amor, e também se fidelizem à prática de doação", diz, ao comentar que a campanha segue até o próximo sábado (30). 

Esquadrão Hemoba Integrante do grupo de animadoras do tricolor baiano, o Tricolíderes, há cerca de um ano, a bióloga Bianca Morais, 30, comemora a participação na campanha. A animadora já é doadora há oito anos, e se submeteu ao procedimento há 15 dias. "Aproveitei e me cadastrei para o banco de medulas", conta. 

Já a administradora Jackeline Vastos, 28, lamentou não poder doar nesta segunda. Tatuada há menos de um mês, soube que só poderia se submeter à doação de medula óssea. 

"É uma ação muito importante para todas nós, que já apoiamos, junto com o clube, essa e outras campanhas internas", afirma. Tatuagens e cirurgias impedem, por um ano, as doações de sangue. Os craques do Bahia participam da ação nesta terça-feira (26), quando devem realizar o procedimento na sede do Hemoba, onde um grupo de petroleiros também doou sangue nesta segunda-feira.  Tricolíderes doadoras (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) 'Sangue de Herói' Faz dois anos que o soldado Luiz Otávio Nery Reis, 30 anos, iniciou a vida militar. Parte do Corpo de Bombeiros, diz que "não há nada igual a ajudar o próximo". Luiz, que já era doador de sangue mesmo antes de integrar a corporação, disse que encara o ato como "mais uma frente" da profissão que escolheu: "Amor à vida".

"Nas ocorrências que vivemos, diariamente, nós temos a oportunidade de lidar com situações muito difíceis e tentar lidar com elas da melhor maneira. Para mim, doar o meu sangue para quem precisa é apenas mais uma dessas oportunidades", comenta, salientar que não há "grandes esforços".

Segundo o tenente coronel Jadson Almeida, a campanha Sangue de Herói já é parte do calendário da corporação. "Nós nos engajamos com o Hemoba o ano inteiro, e essa é mais um momento que aproveitamos para dar exemplo à sociedade. O banco de sangue tem que estar sempre abastecido", afirma ele, que se apresentou, com voz e violão, na sala de espera da fundação, localizada na Avenida Vasco da Gama.

Jadson acrescenta ainda que a intenção é de que, para além dos bombeiros, a campanha alcance também civis e outros militares. "A cada doação de sangue [450 ml] quatro vidas podem ser salvas, então não há motivos para não doar", defende o tenente.

O ato voluntário "não é nada de absurdo", acrescenta o cabo Gustavo Batista de Souza, 38. Doador há 16 anos, afirma que doar sangue está acima, inclusive, do ato de "salvar vidas" enquanto um bombeiro militar. "A última vez que doei foi em 2017, porque nos últimos dois anos passei por dois procedimentos cirúrgicos, mas é algo que faço questão porque não há nada melhor que a vida".

Quem pode doar:Qualquer pessoa com idadade entre 16 e 69 anos Que pese no mínimo 50 kg; Esteja bem alimentado [comer até duas horas antes]; Tenha dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas Apresente documento de identificação com foto emitido por órgão oficial Não tenha se submetido a tatuagens ou procedimentos cirúrgicos a menos de um ano * Menores de idade devem possuir autorização do responsável * Quem tem entre 60 e 69 anos só pode doar se já tiver histórico de doação * Homens podem doar até quatro vezes no ano; mulheres no máximo três Onde doar [até sábado, 30] - das 7h30 às 18h30 Loja do Bahia - Arena Fonte Nova  Salvador Shopping - unidade móvel do Hemoba em frente ao Shopping Hospital do Subúrbio Hospital Irmã Dulce SAC Cajazeiras