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Gabriel Rodrigues
Publicado em 10 de maio de 2020 às 10:21
- Atualizado há 2 anos
Cerca de 200 carros participam na manhã deste domingo (10) de uma carreata que pedia o fim do isolamento social em Salvador e também manifestava apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A carreata foi convocada, através das redes sociais, pelo cantor Netinho e teve concentração no Centro Administrativo da Bahia (CAB) e com destino final na Barra. >
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O representante comercial Rilton Carneiro chegou ao CAB por volta de 8h e afirmou que foi até o ato para reivindicar o direito de abertura do mercado. “A economia será bastante atingida se não houver uma flexibilização. A gente precisa automaticamente trabalhar, combater a covid e, como o nosso presidente fala, tem que cuidar das duas coisas: da doença e da parte econômica. Não adianta curar da doença e a pessoa adoecer da parte econômica. Infelizmente, a parte econômica é o que mais abrange o cidadão brasileiro, que está em casa preso", disse ele. >
Apesar de defender o fim do isolamento social e o retorno às atividades, Rilton afirma que tem mantido a rotina de isolamento, como orientam os especialistas e não acha contradição pedir o fim da quarentena. >
"Minha rotina está sendo como informada por todas as autoridades do Ministério da Saúde: o uso de equipamentos de proteção, máscara, álcool em gel, para que não haja o contato. Não me vejo contraditório em uma situação dessa porque alguns países não optaram pelo isolamento e hoje estão atravessando esse momento sem toda essa situação periclitante que estamos passando", disse o manifestante>
O funcionário público aposentado Antônio Cesar destacou que a carreata tem o intuito de seguir o que recomenda o presidente da República. “As pessoas, com segurança, devem voltar ao trabalho. Do jeito que está, o país pode quebrar", disse ele, que aproveitou para fazer críticas às medidas de isolamento adotadas pelo governador Rui Costa. >
"As pessoas já estão há 30 ou 40 dias sem trabalhar. No meu caso, sou aposentado, graças a Deus, mas também já estou passando um pouco de dificuldade porque estou gastando com gasolina, que não baixa odepreço. Então, vamos colocar o povo para trabalhar", afirmou. >
Já Eliomar Barbosa, de 57 anos, que é motorista de aplicativo, participou do ato defendendo o fim da corrupção no Brasil. Ele aproveitou ainda para fazer críticas ao Superior Tribunal Federal (STF).>
"O presidente Bolsonaro pode ter todos os defeitos do mundo, mas uma coisa que ele jamais vai se envolver é corrupção. Isso para mim é essencial e deve ser também por todo o povo brasileiro. Estamos cansados de ser enganados pelo STF, todos eles. Muita gente que está incomodada é porque não está roubando mais", sentenciou ele. >
Oportunidade Quem achou na carreata convocada por Netinho uma oportunidade foi o vendedor Pedro Elias, de 42 anos. Ele aproveitou o ato para conseguir uma renda extra e chegou cedo ao CAB para vender máscaras e bandeiras do Brasil. Foto: Gabriel Rodrigues/CORREIO "Eu sempre estou em todos os movimentos pró-Bolsonaro, já sou conhecido de todo mundo e também sou Bolsonaro de coração. Hoje, eu já vendi para mais de 100 bandeiras", conta ele. Cada bandeira é vendida por R$ 15, enquanto a máscara sai por R$ 5.>
Acompanhados pela Polícia Militar, o comboio deixou o Centro Administrativo por volta de 9h40. Portando bandeiras do Brasil, eles seguiram fazendo uma espécie de 'buzinaço' pelo caminho. >
Durante a passagem do grupo pela Avenida Jorge Amado, no Imbuí, houve panelaços e gritos contra o presidente Jair Bolsonaro. >
Os veículos chegaram à Barra, ponto final da carreata, por volta do meio-dia. Através das redes sociais, o cantor Netinho considerou o ato vitorioso e agradeceu aos participantes. "Bolsonaristas de todo o Brasil, nossa carreata pró-Bolsonaro de hoje acabou agora, vitoriosa. Muito obrigado a todos que participaram, nesse domingo de Dias das Mães. Obrigado à Polícia Militar que seguiu toda a nossa carreata e vamos seguir adiante. É mais um ato na nossa luta que não pode parar. Estamos a favor do presidente Bolsonaro, das nossas vidas, nossa liberdade e de um Brasil justo para quem quer trabalhar, para as pessoas de bem. Obrigado, Salvador", disse ele. >
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