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Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 11:00
- Atualizado há 2 anos
Um drama que aborda com humor grandes questões da humanidade, como fé, morte e a luta pela sobrevivência. Assim é O Auto da Compadecida, uma história escrita originalmente em 1955 como peça de teatro, pelo dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, morto em 2014. O texto foi adaptado à minissérie em 1999 e, um ano depois, chegou aos cinemas num filme com uma hora a menos do que a produção exibida na televisão.
O filme se difundiu na cultura popular e a minissérie completa nunca chegou a ser reexibida. Isso até esta terça-feira (07), quando O Auto da Compadecida vai ao ar na tela da Globo/TV Bahia com nova abertura, episódios remasterizados e novos efeitos gráficos. Graças à tecnologia, cenas tradicionais, como a do juízo final dos personagens João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), ganharão nova identidade visual.
“É a oportunidade de apresentar e encantar uma nova geração, que não teve contato com a série. As pessoas que viram há 20 anos ou que assistiram só o filme vão amar rever esta obra-prima. A série é muito mais longa, tem mais cenas”, explica o ator Selton Mello.
A reprise vai ao ar em quatro episódios até esta sexta-feira (10), sempre após a novela Amor de Mãe. “O Auto da Compadecida oferece para o público beleza, alegria e dramaticidade atemporais. Sempre é tempo de revisitar o povo brasileiro que é safo e sobrevive quase sem ajuda”, diz Guel Arraes, diretor da minissérie.
Filmada em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, o Auto da Compadecida conta a história de João Grilo, um nordestino que dribla com sagacidade as dificuldades para garantir o pão de cada dia. É ele quem atravessa os quatro episódios provocando muitas confusões e enganando ricos e poderosos, ao lado de Chicó, seu companheiro de estrada.
A dupla, com sua esperteza, confronta personagens como o padeiro sovina (Diogo Vilela), sua mulher infiel (Denise Fraga), o submisso padre João (Rogério Cardoso), o autoritário bispo (Lima Duarte) e o cangaceiro Severino (Marco Nanini). Com exceção de Chicó, todos morrem e vão parar no juízo final, onde encontram o diabo (Luís Melo), Jesus Cristo (Maurício Gonçalves) e Nossa Senhora, a Compadecida, clássica interpretação de Fernanda Montenegro. Em 2019, a atriz completou 90 anos de idade.
Todos os episódios da versão remasterizada do Auto da Compadecida também estão disponíveis para assinantes no Globoplay.