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Mario Bitencourt
Publicado em 4 de março de 2020 às 05:30
- Atualizado há 2 anos
O cidadão que segue à risca as regras de combate ao Aedes aegypti em sua própria residência tem direito ao selo ‘Cidadão 5 Estrelas’ e ainda a uma premiação indicada pela prefeitura. É assim que funciona um projeto piloto da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) no sudoeste da Bahia, já posto em prática por oito prefeituras.>
Criado pela técnica de Referência em Endemias do Núcleo Regional de Saúde da Sesab em Vitória da Conquista, Márcia Cangussu, o projeto funciona desde o final de 2019 em Belo Campo, Planalto, Cândido Sales, Caetanos, Piripá, Maetinga, Presidente Jânio Quadros e Tremedal.“É um projeto muito barato e que reconhece as pessoas que estão fazendo a sua parte no combate ao mosquito transmissor das arbovirores. Sabemos que a sociedade também tem de fazer a sua parte, só o poder público não tem o efeito que todos queremos que é evitar de o mosquito se proliferar”, disse Márcia.No projeto, os moradores devem cumprir cinco itens para receber o selo: depósitos de água cobertos; calhas desobstruídas; garrafas e pneus devidamente protegidos; ausência de entulhos que acumulem água e drenagem correta da laje; vasos de plantas com material absorvente de água (areia ou espuma).>
A checagem é feita em conjunto por equipes da vigilância epidemiológica e agentes de saúde. Em Cândido Sales, o projeto está valendo desde o mês passado, e as primeiras premiações ocorrem em junho. Estão previstas cestas básicas, homenagem na Câmara de Vereadores, mural com nomes dos que receberam o selo e outras formas de reconhecimento.>
São 74 agentes de saúde e 23 agentes de endemias envolvidos no projeto em Cândido Sales. “Todos estão muito envolvidos com isso, é um projeto que temos visto a boa aceitação das pessoas, o reconhecimento, por mais simples que seja, é sempre válido”, disse coordenadora municipal de Vigilância Epidemiológica, Leide Lene Oliveira da Silva.>
Gabriel Murici, da Divep/Sesab, avaliou que o projeto “é uma das estratégias exitosas, com a valorização das comunidades". "É uma ação de criar uma agenda positiva com o poder público junto à população que consegue contribuir no controle do Aedes”, completou.>