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Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2019 às 13:46
- Atualizado há 2 anos
O Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc) rebateu neste domingo (28) a versão apresentada por policiais militares para a morte do delegado José Carlos Mastique. Ele foi morto a tiros por PMs na madrugada de hoje em Itabuna, no Sul da Bahia. Segundo o sindicato, Mastique foi baleado no peito ao tentar impedir que um PM embriagado agredisse a própria namorada. O sindicato ainda acusa a PM de simular socorro ao delegado para encobrir a situação. (Foto: Reprodução) Segundo ocorrência do 15º Batalhão da PM, Mastique estava em um carro em um posto de gasolina no centro de Itabuna. PMs teriam ido até lá atender uma denúncia de que havia um homem armado no local. Ao chegar, sem saber quem era o motorista do carro, tentaram abordá-lo, mas o delegado teria tirado a arma e foi, então, baleado. Os PMs levaram o delegado ferido ao Hospital de Base de Itabuna.
O Sindpoc diz que a situação não foi assim. O cabo da PM de folga, de prenome Cleomario, teria tentado agredir a namorada. Mastique foi protegê-la e se identificou, assim como um colega que estava com ele, o policial Figueiredo. "O delegado ao pegar a arma para entregar aos policiais militares foi alvejado, vindo a óbito no local. Com objetivo de modificar o cenário do ocorrido, simularam socorro à vítima", diz a nota do sindicato.
O caso é investigado pela 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus) e acompanhada pela Corregedoria da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Leia a nota de repúdio divulgada pelo Sindpoc
O Sindpoc repudia a ação desastrosa perpetrada por uma guarnição de policiais militares, onde o cabo da PM Cleomario assassinou o delegado da Polícia Civil Mastique, após a vítima tentar evitar uma agressão de um policial militar de folga contra a sua acompanhante. Os policiais civis Mastique e Figueiredo ao serem abordados se identificaram serem policias e estarem armados. O delegado ao pegar a arma, para entregar aos policiais militares, foi alvejado, vindo a óbito no local, com objetivo de modificar o cenário do ocorrido, simularam socorro a vítima.
Os investigadores da Polícia Civil iniciaram a investigação para esclarecer a sociedade com a verdade dos fatos, responsabilizando o autor dessa truculência que ceifou a vida do nosso colega.
Versão inicial De acordo com informações do 15º BPM, o delegado estava com o carro estacionado no Posto Jequitibá, onde funciona também uma loja de conveniências. Um morador que passou no local, por volta das 4h, estranhou o carro parado, e viu que havia um homem armado no veículo.
A testemunha, então, entrou em contato com a PM, informando que suspeitava de que um assalto iria ocorrer no posto. Uma equipe foi enviada ao local e tentou abordar o delegado, que, segundo o 15º BPM, estava "alterado" e sacou a arma. Os militares atiraram, sem saber que se tratava de um delegado de polícia.
Mastique foi baleado no peito. A guarnição o levou até o Hospital de Base, mas ele não resistiu aos ferimentos.